Coletivos LGBTTQ em Xalapa, Veracruz, estão em busca de um terreno para a construção de um mausoléu dedicado à comunidade LGBTQIA+. Essa iniciativa surge como resposta a casos recentes de descaso com os corpos de membros da comunidade, como o de Macorina, uma mulher trans de Orizaba, cujo corpo enfrentou dificuldades para ser sepultado dignamente. A proposta já foi formalmente apresentada ao município e visa criar um espaço que evite que os corpos de pessoas não reclamadas terminem em fossas comuns.
O mausoléu será semelhante ao existente na Cidade do México e contará com nichos, espaço para caixões e um altar em homenagem aos que não forem identificados ou não tiverem familiares que os reclamem. Leonardo Ruíz Moreno, representante da organização Orgulho Xalapa, enfatizou a importância de garantir um local digno para esses indivíduos, afirmando que “se não há família que os reclame, deve-se garantir o direito de recuperar os corpos”.
O contexto dessa solicitação é alarmante, pois muitos membros da comunidade LGBTQIA+ são frequentemente deixados à margem, sem um tratamento respeitoso em sua morte. A situação de Macorina, que faleceu em via pública, é um exemplo trágico da invisibilidade e do descaso enfrentado por pessoas trans em sua última jornada. A intervenções da comunidade foram essenciais para assegurar que ela tivesse um sepultamento digno, destacando a necessidade urgente de espaços que respeitem a memória e a dignidade de todos os indivíduos, independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual.
A construção do mausoléu em Xalapa é uma resposta direta a essas injustiças e um passo significativo para proporcionar um espaço inclusivo, onde cada vida perdida pode ser lembrada e honrada com dignidade.
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