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Collor, o retorno

E quando você acha que a coisa afundou… Eis que resolvo dar um F5 na Folha Online e lá vejo a foto de dois políticos super amigos, Collor e Renan Calheiros. O primeiro foi presidente deposto do Brasil por conta de esquema de forte corrupção e o outro renunciou para não ser cassado.

A foto causa estranheza e a legenda então: união de PMDB e DEM elegem Collor para ser responsável/presidente da Comissão de Infraestrutura. Nada mais, nada menos se trata da pasta que cuida das verbas destinadas aos Estados do Brasil para obras e no caso, ligadas ao PAC.

Pior: PMDB não é aliado do PT? Partido do governo federal? Na verdade não. Aliados de ninguém, a não ser seus interesses escusos. Pela segunda vez dão uma rasteira no governo. A primeira foi nas eleições da Câmara e do Senado, ambas dominadas pelo PMDB. E pensar que hoje o Collor ocupa a cadeira que já foi de Heloísa Helena.

Melhor: outra coisa impensável é ver PSDB e PT, pela segunda vez, articulando juntos em prol da candidata Ideli Salvatti, pra que esta ocupasse a comissão que ficou com o presidente deposto. Mas isso é um sinal de que a tal concertacion sonhada por alas petistas e tucanas está cada vez mais próxima de acontecer.

Bola de cristal: A tal corrente entre PSDB e PT só vai acontecer pós-Dilma, ou pós-Serra, quando os projetos pessoais ficarão de lado. E pensando bem, pode ser o que há de melhor para o Brasil. Pois, hoje o País conta com dois projetos políticos: dos tucanos e dos petistas e ambos os partidos contam com alas bem progressistas. Mas também os dois têm alas bem conservadoras e xiitas.

Essa união pode ser a solução para o fator PMDB. Mesmo esse sendo a grande força em número de parlamentares eleitos, PTucanos não ficam atrás e juntos podem isolar essa sigla que é um grande mal e atraso para o nosso país. O Chile só conseguiu sair do reacionarismo quando os PSDBes e PTes de lá se uniram em torno de um projeto comum para o bem do respectivo país.

Por hora teremos que agüentar Collor, datilógrafo que tem renda de cinco milhões, castelos, Sarneys de volta ao poder do Maranhão…

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