Basta entrar em qualquer aplicativo de paquera gay para se deparar com perfis de pessoas que reforçam preconceitos contra aqueles que não se encaixam em padrões de beleza e de comportamento.
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“Não a gordos ou afeminados”, por exemplo, é uma restrição bastante comum por aí.
Recentemente, a grife gringa Marek + Richard, que faz roupas focadas em homens gays, criou uma polêmica ao lançar uma linha que traz estampada em camisetas justamente a frase “No Fats, No Fems” (“Não a Gordos, Não a Afeminados”).
Diversos segmentos ligados aos direitos LGBT criticaram a iniciativa, alegando, entre outras coisas, que este tipo de discriminação só serve para desagregar uma comunidade que muitas vezes peca pela desunião.
Mas a resposta veio na mesma moeda: um aplicativo gay norte-americano lançou uma campanha alertando que os LGBT são mais suscetíveis ao desenvolvimento de distúrbios alimentares, depressão, pensamentos suicidas e ansiedade, decorrentes do preconceito que parte não apenas de héteros, mas também de muitos gays. “Por isso, é tão desencorajador ver a Marek + Richard perpetuar esta perigosa ofensa”, dizem em nota os organizadores.
Para ilustrar a iniciativa, a campanha também criou camisetas irônicas, porém muito mais simpáticas do que as da Marek + Richard. Elas trazem a frase “No Bullies, No Bigots” (algo como “Não a intimidadores, Não a intolerantes”.
As peças estão à venda nos EUA, e parte da renda obtida será revertida para o Trevor Project, iniciativa focada na prevenção de suicídios entre a juventude LGBT. Ponto para eles.