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Com ida da revista DOM para editora da G, veja o que muda no mercado editorial gay

O mercado de revistas gays estará mais competitivo a partir dos próximos meses. Isso porque foi anunciado na tarde de hoje que a revista gay DOM (De Outro Modo) volta às bancas em março. Até dezembro, ela estava sendo comercializada pela Editora Peixes que, diante da crise, anunciou o fechamento de alguns dos seus títulos. Agora, a DOM passa a ser publicada pela Fractal, mesma editora da G Magazine.

Em comunicado à imprensa, Augusto Lins Soares, idealizador e publisher da DOM, diz que o projeto não sofrerá alterações. "Tivemos apenas um recesso. Neste período, a equipe de redação não parou de trabalhar no título", afirmou. As negociações entre Augusto e a editora Fractal ocorriam desde o final do ano passado, quando a revista deixou de circular. A equipe da publicação continua a mesma.

Aimé

O jornalista e idealizador do site lésbico Dyerama, Paco Llistó, foi convivado por Ana Sodré, diretora da revista Aimé, a assumir o posto de editor da publicação. Segundo ele, sua ida se deu pelo motivo de que a revista necessitava de um “olhar mais queer”.

Sobre o Dykerama, Paco revela que continuará a trabalhar no site. No entanto, quem assume a edição do endereço sapatônico é Maria Giardini,  produtora da festa temática Sapataria.

De acordo com o novo editor, a Aimé chegará as bancas em fevereiro “completamente reformulada”. Em relação ao conteúdo, a publicação se tornará “mais objetiva e mais próxima do mundo gay". "Os leitores reclamavam que ela era uma revista gay hétero”.

Há bastante segredo em torno do que virá  por aí, mas Paco Listó adianta algumas coisas. “Teremos uma coluna especial com a ex-desembargadora e advogada pró-LGBT, Maria Berenice Dias, e uma com o psicólogo gay Julio Cesar Nascimento”.

Pautas do tipo “segurança na rede” ou “como não cair em golpes de cartão de crédito”, não devem mais ocupar as páginas da publicação. “Isso foi uma das primeiras coisas que nós conversamos”. Como parte da reformulação, também haverá espaço para temas de militância. A respeito da volta da revista DOM, Paco diz que não a vê como concorrente. "Acho muito importante a volta da DOM, esse fortalecimento da Aimé e existência da revista Junior, ajuda a esclarecer o mundo gay, pois as pessoas ainda são muito ignorantes quanto a isso”.

Junior 

Neste momento de mudanças no mercado editorial gay, pelo menos por enquanto, a Junior não tem definido se também ira trilhar outro caminho. André Fischer, diretor executivo da  revista e do portal Mix Brasil, se mostrou reticente sobre a volta de sua principal concorrente às bancas. "Não sei o que vai ser da DOM ainda. Então não posso falar".

Já sobre a ida do Paco para a Aimé, Fischer diz não acreditar em possíveis impactos em sua revista. "O Paco hoje está mais ligado ao mercado lésbico. Não sei se ele pretende levar esse público para a revista, que não é muito o foco da DOM e da Junior. Não vejo como isso está relacionado e o que muda em termos de mercado. Não vejo muito impacto."

Revista A Capa também muda

Já que o assunto é a mudança, não podemos deixar de falar da nossa produção. A revista A Capa passou por uma grande reformulação gráfica nas mãos de Regis Olivar e Bruno Niz, editor de arte e designer respectivamente. A novidade começa já no logo da revista, que não é mais é sublinhado. As chamadas de capa estarão reformuladas, e o índice também está diferente.

Entre as novidades para a edição de fevereiro, que começa a circular em points gays de São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis a partir do próximo dia 11, está a estreia da coluna Destaques GLS, do jornalista Sergio Ripardo, que terá, pela primeira vez, sua versão impressa.

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