Centro de Cidadania LGBT, o maior do país, vai prestar atendimento jurídico e psicológico às vítimas de homofobia
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Enfim um respaldo! Agora em São Paulo capital as vítimas de homofobia vão receber atendimento jurídico e psicológico, sem pagar nada por isso. A prefeitura de São Paulo inaugurou, na última sexta-feira (27), um centro de atendimento exclusivo para a população LGBT.
O Centro de Cidadania LGBT de São Paulo será o maior serviço de atendimento a gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis do país. Substitui o antigo centro de combate à homofobia e vai funcionar 12 horas por dia.
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Em discurso na cerimônia de inauguração, o secretário-adjunto de Direitos Humanos, Rogério Sottili, cobrou uma mudança de visão na sociedade: "Nós não precisamos apenas olhar para as populações vulneráveis, dentre elas a população LGBT, como um problema apenas de segurança pública (…). Nós precisamos olhar para essa população como a população que merece respeito, merece ser valorizada pela sua diversidade e merece todo o cuidado do poder público para valorizar o seu direito à cidadania."
O espaço contará com uma equipe técnica formada por 20 profissionais, entre psicólogos, assistentes sociais, advogados e agentes de direitos humanos.
"Estou entregando um equipamento, com o compromisso do nosso prefeito Haddad, que vai fazer diferença na vida de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, a quem, historicamente, é negado o exercício pleno da cidadania", frisou Dediane Souza, coordenadora do Centro de Cidadania LGBT.
O centro fica na rua do Arouche, no centro de São Paulo, tradicional ponto de encontro da comunidade LGBT. O espaço vai oferecer assessoria jurídica, social e psicológica.
"A pessoa que sofre algum tipo de homofobia, lesbofobia ou transfobia gera, sim, algum tipo de dano psicológico, de sequela psicológica. Ter esse centro de acolhida é fundamental para resgatar a dignidade do indivíduo e a sua saúde mental", explicou o psicologo José Luis Gomes.
O investimento no centro de cidadania LGBT é de R$ 1 milhão, sendo R$ 800 mil da prefeitura de São Paulo e R$ 200 mil da secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também pediu por uma transformação na mentalidade de toda a população: "Mudar o comportamento das pessoas frente a esse problema social, que vitimiza tantas pessoas, ou com violências e, às vezes, com a própria morte. Então, nós temos que estar muito atentos a isso e mudar a cultura, mudar a mentalidade."