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Com tom político, Parada Gay de São Paulo reúne 3,5 milhões de pessoas

Se em 2009 a Parada Gay foi lembrada por conta de graves agressões, bomba no centro da cidade e uma morte, esse ano o maior evento gay do mundo já pode ser comentado por conta de sua organização, segurança e politização.

Desde o momento da concentração, que começou por volta das 10h, já era possível sentir o clima que predominaria por todo o evento, que era de tranquilidade e festa, porém, uma festa que pedia para que heterossexuais e homossexuais não votassem em políticos homofóbicos nas próximas eleições.

As famílias, que estavam sumidas da Parada, resolveram voltar e mostrar a sua simpatia. Crianças de colo também marcaram presença. Casais com mais de 60 anos e mulheres, algumas delas fantasiadas, também compareceram à Paulista.

Inclusivos
Às 11h, o primeiro tumulto do evento: o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), acompanhado do governador, Alberto Goldman (PSDB), chegaram ao evento cercados de seguranças.

À imprensa, o prefeito reforçou a importância da Parada Gay e disse que seu governo sempre trabalhou para tornar o evento mais seguro e melhor. Em um claro recado ao seu colega de partido, o vereador Carlos Apolinário (DEM), contrário às políticas LGBT, Gilberto Kassab elogiou o tema da Parada – Vote Contra a Homfobia: Defenda a Cidadania – considerando-o "adequado". "Estamos em ano de eleição e os candidatos devem se posicionar sobre todos os temas e este (LGBT) também", declarou o prefeito.

Os primeiros números da Polícia Militar revelam que houve 11 registros de ocorrência, sendo que duas pessoas foram presas por furto; cerca de 220 foram recebidas pelas tendas hospitalares; e dois celulares e uma carteira foram roubados.

A cada ano que passa, a Parada Gay de São Paulo pressiona para que personalidades políticas e grande imprensa se posicionem a respeito da questão gay, contradizendo os céticos que afirmam que a manifestação se limita à festa. O tema "Vota Contra a Homofobia: Defenda a Cidadania!" permeou quase todas as reportagens sobre a Parada.

Além do termo homofobia estar praticamente disseminado no vocabulário popular, vale lembrar que a partir do ano que vem o 17 de maio está oficialmente no calendário brasileiro, como o Dia Nacional de Combate a Homofobia.

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