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Com vocalista gay, Bloc Party vem ao Brasil

A história de como nasceu o ‘Bloc Party’ é parecida com a de muitas bandas. Keke Okereke, filho de nigerianos, conheceu Russel Dean durante a adolescência. Se encontrarem no Reading Festival, e após muita conversa durante os shows, os moços sentiram uma afinidade musical muito grande. Resolvem, então, montar uma banda. Isso no ano de 1998. 

Os dois assumiriam a guitarra, os vocais ficou somente para KeKe. A dupla se juntou a Gordon Peter Moakes no baixo e Matthew Chee Hung Tong na bateria. Antes do nome oficial da banda, haveria outros nomes como, por exemplo, Union, Superheroes of BMX, The Angel Range e Diet. E finalmente em setembro de 2003, o grupo se tornou o Bloc Party.

Sobre este nome existem várias histórias, ou lendas. Uma delas é que foi baseado em uma festa que havia na vizinhança dos garotos, outra história é a de que seja uma alusão ao bloco soviético. Nem um e nem outro. Em entrevista, a banda afirmou que a retirada da letra K de Block foi meramente estética e que na verdade o nome da banda está relacionado a coligação – bloc,  e política – party. Vai entender!

O Bloc Party é o tipo de banda que assim que soltou o primeiro single estourou no mundo inteiro. As letras politizadas e altamente pessoais iriam chamar a atenção do vocalista do Franz Ferdinand, Alex Kapranos, em especial "She hearing a voices". Mas, quem colocaria os meninos no topo seria o produtor Steve Lamacq da Radio 1 da BBC. Ele passaria a divulgar a música em questão. Com o sucesso, Steve convida a banda para tocar ao vivo em seu programa. Reinam em absoluto e gravam outro single, "Banquet". Em abril de 2004, assinam um contrato com o selo Wichita.

"Silent alarm", primeiro disco do Bloc Party, sai em 2005 e alça a banda para o total estrelato. Tanto na Europa quanto nos Estado Unidos, e olha que o estilo de som dos caras não é comum ser aceito nos EUA. Diversos singles são retirados do disco de estréia, este que é repleto de música dançantes, outras mais densas. O que começa a chamar atenção na banda são as letras: drogas, solidão e indícios de uma possível homossexualidade de Okereke, tal fato seria confirmado no albúm seguinte.

"I still remenber" foi a primeira faixa de trabalho do segundo disco do Bloc Party. Já "A weekend in the City" traz um relato de Keke sobre um possível relacionamento homossexual que teria tido com um colega no colegial. Possível pois não fica claro se houve realmente uma relação entre os dois, ou se foi algo no plano da paixão platônica. Mas o vocalista confirmaria todos os boatos mais pra frente, "sim, se trata de uma relação juvenil", revela Kee.  Além desse bafo, o segundo disco da banda abandona o estilo dançante e parte para uma área mais introspectiva. Um excelente trabalho, que fez com que Bloc Party se mantesse no patamar.  Hoje, Keke é um ídolo para os gays indies do século 21, uma espécie de Morrisey da época.

A banda acaba de lançar um novo single, "Mercury". Surpreende por conta de seus elementos eletrônicos. Mas sem perder a sua característica, a densidade em sua músicas. Bom, para quem se interessou, pode conferir a banda em dois momentos aqui no Brasil: Em setembro, participam do Video Music Brasil, premiação dos mehores vídeos do ano da MTV Brasil.  E em novembro, a banda toca no Festival Planeta Terra. Antes de tudo isso, você pode conferir o som da banda aqui no A Capa, com os vídeos que separamos.

Este é o single deles, "Banquet"

 

Esta é sobre o boy que o vocalista ‘aquendou’ no banheiro, a fofa "I still remember"

Este é o novo single do Bloc Party, "Mercury"

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