De hoje até o próximo domingo, 30/9, a capital da Argentina estará mais alegre e colorida. Acontece esta semana em Buenos Aires a 16ª edição da Copa do Mundo Gay de futebol. Esta é a primeira vez que a competição acontece na América do Sul.
No total, vinte e oito equipes de nove países farão parte das disputas do evento. Com a tradição machista e preconceituosa do esporte, a competição promete ser uma prova aos costumes históricos.
Vale lembrar que a capital argentina foi escolhida para sediar o evento por ser considerada a cidade mais gay-friendly da América Latina. A copa do mundo gay conta inclusive com o apoio da Associação de Futebol Argentino (AFA).Entre a programação do evento, ainda há um mini-torneio de futebol voltado especialmente para lésbicas.
"Se existe um futebol gay-lésbico é porque os gays e as lésbicas não podem jogar neste âmbito sem sofrer discriminação", declarou à imprensa local o presidente da Comunidade Homossexual Argentina, César Cigliutti. "O meio do esporte é muito homofóbico, muito discriminatório, e o futebol é por excelência… Foi assim que, justamente, nasceram estes campeonatos", declarou o militante.
Até mesmo num evento com tamanha importância ainda há muito preconceito a ser driblado. A seleção que irá representar o México no mundial afirmou ter enfrentado grandes dificuldades para chegar ao campeonato. Andoni Bello, capitão da seleção mexicana declarou que o time recebeu muitas respostas negativas na tentativa de levar o time para a competição. "Batemos em muitas portas, e muitas não se abriram, muitos nos olharam com incredulidade e não nos apoiaram". Andoni, diz que o time foi rejeitado pela Federação Mexicana de Futebol.
O Brasil não terá nenhuma seleção representando o país. Enquanto isso, times de várias cidades dos Estados Unidos estão inscritos no Mundial.
