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Comediante pede desculpas por piada homofóbica

O comediante estadunidense Jerry Lewis, 81 anos, pediu desculpas nesta terça (5) aos gays por conta de uma piada feita durante sua tradicional maratona beneficente (tipo Criança Esperança), transmitida ao vivo pela TV.

Na última segunda-feira, Jerry contou uma piada de pronunciado tom jocoso em que usava a palavra “faggot”, termo ofensivo aos homossexuais, equivalente à “viado” aqui no Brasil. Ele estava brincando no palco, fazendo de conta que apresentava os integrantes da família de uma pessoa.

"Oh, sua família veio lhe visitar. Você se lembra de Bart, seu filho mais velho, de Jesse, a bicha iletrada…", disse Lewis, e logo depois se deu conta do que dissera e interrompeu a frase no meio, afastando-se da câmera.

A Ong GLAAD (Aliança Gay e Lésbica Contra a Difamação, na sigla em inglês) protestou e exigiu desculpas por parte de Jerry. Neil Giuliano, presidente da entidade, declarou que a fala de Jerry foi simplesmente “inadmissível” e “alimenta um clima de ódio e intolerância” que pode incitar a violência contra os gays.

O humorista disse ainda não ter “preconceitos”, porém assumiu a responsabilidade e afirmou que “não há justificativas” para o que foi dito.

Esta não é primeira vez que Jerry expõe sua visão conservadora do mundo. Em 2000, em um festival cômico, ele foi perguntado sobre quem seriam suas humoristas mulheres favoritas.

"Não gosto de nenhuma humorista mulher," ele respondeu, dizendo que ver uma mulher fazer comédia "me causa um certo mal-estar. Penso na mulher como máquina produtora que põe bebês no mundo".

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