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Comediante que irritou papa não será processada

O Ministro da Justiça italiano desistiu de processar a comediante Sabina Guzzanti, que provocou o papa Bento XVI dizendo que ele iria para o inferno, onde seria perseguido por “dois grandes e muito ativos demônios gays”.

O sumo pontífice da Igreja Católica é conhecido por suas críticas aos direitos LGBT e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Na Itália, qualquer ofensa contra a “honra” do papa ou do primeiro-ministro é considerada crime.

O promotor da cidade de Roma, Giovanni Ferrara, solicitou ao juiz federal Angelino Alfano que permitisse o início do processo contra a comediante. Se condenada, Guzzanti poderia pegar até cinco anos de prisão.

“Eu decidi não autorizar [o processo], sabendo da capacidade do papa de perdoar”, disse o juiz. O Vaticano pareceu concordar com Alfano. “A decisão do Ministro da Justiça foi sábia”, declarou à agência Ansa o porta-voz padre Federico Lombardi. “A autoridade do papa é muito mais forte que qualquer comentário e ele considera o caso encerrado.”

Em outra ocasião, Sabina Guzzanti sugeriu que a ministra Mara Carfagna teria feito sexo oral no primeiro-ministro Silvio Berlusconi para conseguir uma vaga no governo.

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