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“Como a Nova Legislação de Kentucky Está Transformando o Drag em uma Questão de Identidade e Resistência”

"Como a Nova Legislação de Kentucky Está Transformando o Drag em uma Questão de Identidade e Resistência"
"Como a Nova Legislação de Kentucky Está Transformando o Drag em uma Questão de Identidade e Resistência"

No cenário atual da política americana, poucas palavras geram tanta controvérsia quanto “gênero” e “drag”. A arte do drag, que consiste na performance de uma feminilidade, masculinidade ou expressão de gênero exageradamente conscientizada, se destaca como uma forma de arte e entretenimento, além de ser um meio de explorar a sexualidade e o gênero em resistência às normas sociais. Essa forma de expressão pode, portanto, se transformar em um ativismo político significativo.

Embora o drag não seja um fenômeno novo, a oposição a ele também não é. A Dr. Lady J, uma mulher trans não binária com doutorado em Musicologia, afirma que o termo “drag” surgiu na década de 1860 na Inglaterra vitoriana, quando homens homossexuais se apresentavam como crossdressers. Desde então, o drag evoluiu e se tornou parte da cultura popular global.

Recentemente, o Senado de Kentucky aprovou a Senate Bill 147, que, à primeira vista, parece razoável, pois proíbe negócios voltados para adultos de operar a menos de 933 pés de escolas, igrejas e parques. No entanto, essa lei também menciona performances de drag, equiparando a arte do gênero a comportamentos criminosos, como o tráfico humano. Essa combinação de drag com crime reflete uma ideologia anti-queer em ascensão, mas artistas de Louisville, como Salem VycthTryells, Mercy Kiss e Vic Leone, compartilham o significado profundo que o drag tem para suas vidas e para a comunidade.

Salem VycthTryells, uma drag queen negra que começou sua jornada artística em Hardin County, destaca que o drag é tão válido quanto qualquer outra forma de entretenimento. Para ela, o drag é uma oportunidade de se tornar uma líder comunitária e de inspirar outras pessoas. “Drag sempre continuará a inspirar e unir pessoas”, afirma.

Mercy Kiss, um artista de drag andrógino de 20 anos, também ressalta a importância do drag em Kentuckiana. Ao se estabelecer na cena de Louisville, Mercy busca criar um ambiente de apoio mútuo entre os performers. Para eles, o drag é precioso e uma forma de viver mais livremente, sem se preocupar com a opinião dos outros.

Vic Leone, um escritor e ator que trabalha no Centro de Orgulho de Louisville, encontrou no drag uma maneira de expressar sua identidade de gênero. Ele começou a se apresentar em um estilo mais masculino, mas ao longo do tempo relaxou sua abordagem, percebendo que a forma como nos apresentamos ao mundo é, na verdade, uma forma de drag. “O que vestimos para sair é drag. Como queremos ser vistos pelos outros é drag”, reflete Vic.

Esses artistas não apenas desafiam as normas sociais, mas também criam um espaço seguro e acolhedor para a comunidade queer em Kentucky, onde a visibilidade e a aceitação são essenciais. O drag, portanto, se torna não apenas uma forma de arte, mas um ato de resistência e uma celebração da diversidade e da autenticidade.

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