A novela “Garota do Momento” tem se destacado não apenas no Brasil, mas também internacionalmente, como evidenciado pela menção na renomada publicação Variety. Escrita pela talentosa Alessandra Poggi, a trama, que vai ao ar no horário das 18h da Rede Globo, aborda questões sociais relevantes, como racismo, machismo e desigualdade, tudo isso ambientado em 1958, um ano marcante na história brasileira. A protagonista Beatriz, interpretada por Duda Santos, vive um drama intenso ao descobrir que sua mãe, vivida por Carol Castro, não a abandonou, mas foi vítima de um acidente e manipulações de vilões interpretados por Lilia Cabral e Fábio Assunção.
Alessandra Poggi destaca a importância de retratar a realidade da época, onde questões como a opressão sobre as mulheres e a invisibilidade da comunidade LGBTQIA+ eram comuns. Segundo a autora, “Em 1958, homens traíam suas esposas constantemente; a sociedade era muito machista e racista. Filhos de mães divorciadas sofriam. Pessoas LGBTQIA+ não podiam viver suas verdades. Eu queria falar sobre isso, questões infelizmente ainda tão atuais”. Essa abordagem não só enriquece a narrativa, mas também proporciona uma reflexão sobre os problemas sociais que ainda persistem na contemporaneidade.
A escolha do ano de 1958 foi estratégica, pois representa um período de efervescência cultural no Brasil, marcado pela primeira vitória na Copa do Mundo e o surgimento da Bossa Nova. Através de “Garota do Momento”, Poggi busca mostrar um contraste entre a imagem romântica de 1958 e as realidades desafiadoras enfrentadas por muitos, especialmente por aqueles que pertencem a grupos marginalizados.
A recepção da novela tem sido extremamente positiva, com altos índices de audiência e uma forte conexão com o público. Poggi enfatiza a flexibilidade das novelas, que podem ser alteradas e adaptadas com base na resposta dos telespectadores. Com o centenário da Globo e o evento “Globo 360”, a força das novelas na cultura brasileira e sua capacidade de impactar globalmente foram reafirmadas. Essa produção não só entretém, mas também educa e provoca discussões importantes sobre temas sociais que ainda são pertinentes na sociedade atual, especialmente para a comunidade LGBTQIA+.
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