A Sociedade Queer Yukon, localizada em Whitehorse, anunciou a assinatura de sua primeira convenção coletiva no dia 14 de fevereiro de 2025. Essa conquista é um marco significativo para os nove empregados da organização, que agora contam com proteções e benefícios que reconhecem suas necessidades específicas no ambiente de trabalho. O acordo, que foi negociado ao longo de três anos, terá validade de julho de 2022 até dezembro de 2025, permitindo que os benefícios sejam aplicados retroativamente.
A vice-presidente do Sindicato dos Empregados do Yukon, Lisa Vollans-Leduc, destacou que esta convenção foi elaborada por e para pessoas queers, estabelecendo um vocabulário comum que permite aos empregados expressar suas identidades dentro da sociedade. As diretrizes incluídas no acordo são especialmente sensíveis às necessidades das pessoas que se identificam como LGBTQ2S+, incluindo a concessão de licenças médicas para cuidados relacionados à afirmação de gênero.
Outras medidas importantes foram implementadas, como a mediação guiada por indígenas para resolução de conflitos, a oportunidade de participação em movimentos de justiça social e o reconhecimento de incapacidades temporárias ou episódicas. O acordo também ressalta que as pessoas queer e trans de cor enfrentam desafios únicos, reafirmando a necessidade de um ambiente inclusivo e equitativo.
Austria Lopez, coordenadora de engajamento comunitário da Queer Yukon, enfatizou que esta convenção não apenas protege os trabalhadores, mas também serve como um guia para todos os envolvidos, mesmo em situações de mudanças na administração. “Agora temos um documento que contém todas as regras e respostas necessárias para nosso ambiente de trabalho”, afirmou Lopez.
Vollans-Leduc expressou a esperança de que este acordo se torne um exemplo para outros empregadores, especialmente em um contexto onde as posturas anti-LGBTQ2S+ estão aumentando. Ela enfatizou que os direitos da comunidade queer são direitos humanos e que acordos como este são fundamentais para reafirmar a importância e os valores dos trabalhadores queer em todo o país.
Lopez também sublinhou que este é um momento crucial para a comunidade, que atualmente enfrenta ataques. “É o momento ideal para nos fazermos ouvir e sentir que estamos protegidos, não apenas pelo sindicato, mas também pela nossa comunidade”, concluiu.
A assinatura da convenção ocorre após meses de dificuldades internas, incluindo a rejeição inicial do conselho de administração e a demissão de quatro dos cinco membros do conselho em dezembro, em resposta a preocupações de segurança levantadas pela equipe. Agora, com um novo diretor-geral e um novo conselho, a organização está em processo de reestruturação, com políticas sendo finalizadas para garantir a segurança do pessoal quando a programação for retomada.
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