A suspensão da ajuda externa norte-americana, decidida pelo presidente Donald Trump em 20 de janeiro de 2025, trouxe sérias consequências para a comunidade LGBTQ no Uganda. A Africa Queer Network, uma organização sem fins lucrativos baseada em Kampala, teve que interromper suas atividades, vital no combate ao HIV e na promoção da saúde sexual. Pius Kennedy, responsável pelo programa, revelou que ele e outros cinco funcionários receberam uma ordem da Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) para cessar imediatamente suas ações. Isso ocorre em um contexto onde a homossexualidade é criminalizada em mais de 30 países africanos, incluindo o Uganda, onde uma nova lei aprovada em 2023 impõe penas severas para relações consensuais entre pessoas do mesmo sexo. A interrupção do financiamento da USAID poderá resultar em um aumento de infecções por doenças sexualmente transmissíveis, uma vez que os recursos para distribuição de preservativos, lubrificantes e educação em saúde foram drasticamente reduzidos. O impacto dessa decisão é alarmante, pois pode anular anos de progresso na proteção dos direitos das minorias sexuais no Uganda, evidenciando a necessidade urgente de apoio contínuo e eficaz para a saúde e bem-estar da comunidade LGBTQ no país.
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