O artista Cobi Moules, conhecido por suas obras que exploram a interseção entre natureza e identidade queer, busca ressignificar a relação entre paisagens tradicionais e a vivência LGBTQIA+. Inspirado pela Escola do Rio Hudson, Moules começou a estudar essas representações artísticas durante seu mestrado em Boston, refletindo sobre como sua própria identidade queer e trans se relaciona com essas paisagens idealizadas. Vindo de uma família conservadora na Califórnia, ele se sentia em conflito entre sua verdadeira essência e as expectativas sociais. Para Moules, a arte se torna um espaço de reconciliação e celebração da diversidade.
Em suas obras, ele inicia recriando paisagens típicas da Escola do Rio Hudson, repletas de luz e beleza, mas logo insere elementos contemporâneos e provocativos, como jockstraps brilhantes, que simbolizam uma festa Dionisíaca e subversiva. “Esses elementos são sedutores e vibrantes”, explica Moules, que utiliza silicone para criar formas fluidas que representam corpos queer, desafiando normas de gênero e celebrando a individualidade. Ele se inspira em filmes de terror dos anos 80, utilizando figuras do ‘outro’ para contestar a visão conservadora sobre a sexualidade.
Moules espera que, ao desafiar essas tradições pesadas com humor e leveza, o público possa experimentar a alegria e o prazer que sua arte proporciona. A intenção é que suas obras sirvam como um convite à reflexão e à celebração da identidade queer, transformando o olhar sobre a natureza e sobre nós mesmos.
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