Cristina Prochaska, uma das pioneiras da televisão brasileira, se destacou na novela “Vale Tudo” ao interpretar um dos primeiros casais lésbicos da teledramaturgia nacional. Desde sua última participação em novelas em 1999, a atriz continuou sua trajetória no teatro, cinema e na produção cultural. Em 2020, tentou uma candidatura à Prefeitura de Ubatuba, mas decidiu se afastar da política partidária, embora permaneça engajada em causas sociais. Cristina denuncia o etarismo no meio artístico e está desenvolvendo um podcast e uma minissérie sobre o tema, além de atuar na produção teatral e cinematográfica.
No próximo dia 31, a nova versão de “Vale Tudo” estreará, revivendo temas centrais da novela original, como ética e política, incluindo a homossexualidade de suas personagens. Atualmente, ela também é vista na reprise de “História de Amor”, uma novela de sucesso que consolidou seu espaço na TV.
Cristina Prochaska é uma artista que, apesar de estar fora das novelas por muitos anos, nunca deixou de trabalhar. Ela critica a exclusividade exigida pela TV Globo, que dificultou seu retorno à telinha. A atriz afirma que nunca implorou por trabalho e se incomoda com boatos que afirmam o contrário. Ela também aponta o etarismo como uma barreira significativa para atrizes mais velhas, que muitas vezes se tornam invisíveis à medida que envelhecem.
Em sua nova fase, Cristina está lançando um podcast chamado “Mulheridades” e uma minissérie que abordam a vida de mulheres acima dos 60 anos, discutindo temas como relacionamentos e a experiência de envelhecer. Além disso, ela continua a organizar eventos culturais, como o Festival de Teatro do Litoral Norte e a Mostra de Cinema “Resiste Cinema”.
Cristina reflete sobre o impacto de sua personagem em “Vale Tudo”, que abordou a homossexualidade em um contexto onde a legislação não protegia casais LGBT. Ela acredita que a novela fez um papel social importante e que a luta por representação e respeito ainda é necessária nos dias de hoje. A atriz espera que a nova versão da novela mantenha o espírito da original, adaptando os conflitos para a contemporaneidade, mas ressaltando que os dilemas sociais e preconceitos persistem.
A trajetória de Cristina Prochaska é um testemunho de resistência e pioneirismo, uma voz ativa que continua a lutar por visibilidade e respeito na indústria do entretenimento, especialmente para as mulheres da sua geração e para a comunidade LGBT.
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