O romance ‘Nova Scotia House’, de Charlie Porter, mergulha na cena gay dos anos 80 e 90, explorando a devastação causada pela crise do HIV. A narrativa acompanha Johnny, um jovem de 19 anos, que se encontra com Jerry, um homem mais velho que o apresenta a Londres e à vibrante comunidade queer que ele tanto ansiava. Através de uma prosa intensa e urgente, Porter retrata não apenas o amor de Johnny por Jerry, mas também o luto e a perda que marcaram uma geração.
Johnny vive no apartamento de Jerry, relembrando um passado repleto de dor e amor. A história é contada a partir da perspectiva de Johnny, 30 anos após a morte de Jerry, refletindo sobre a alienação e a luta contínua para encontrar conexões em um mundo que se mostra cada vez mais hostil. A narrativa é claustrofóbica, com um ritmo que captura a essência do que se perde na vida: a juventude, a esperança e a busca por um futuro melhor.
A escrita de Porter é hipnotizante, convidando o leitor a sentir a tristeza e a intensidade das relações humanas, enquanto questiona o que significa ser parte de uma tribo em um ambiente que parece desmoronar. ‘Nova Scotia House’ não é apenas uma homenagem aos que perderam suas vidas para a AIDS, mas também um lamento sobre o amor, a perda e a memória que permanecem em nossos corações.
Este livro é uma leitura essencial para todos que buscam entender a complexidade das emoções humanas em tempos de crise, especialmente para a comunidade LGBT, que continua a lutar por reconhecimento, amor e aceitação.