O renomado diretor Luca Guadagnino chamou o designer de moda Jonathan Anderson para a criação do figurino de seu próximo filme, “Queer”, que conta com atuações de Daniel Craig e Drew Starkey. A obra é uma adaptação da auto-ficção de William S. Burroughs, retratando a vida de Lee, interpretado por Craig, um viciado em drogas que vaga por Cidade do México nos anos 1940. Anderson, conhecido por seu trabalho na Loewe e JW Anderson, trouxe uma perspectiva única ao figurar a vestimenta dos personagens, utilizando elementos do vestuário da época para capturar a essência de Lee e Allerton (Starkey), o objeto de sua obsessão.
Um dos destaques do figurino é o terno branco de Lee, que se transforma ao longo do filme, simbolizando a deterioração do personagem. Anderson chegou a considerar a ideia de manchar o tecido com heroína para reforçar essa degradação. Em uma conversa com Anderson, ele compartilhou que sua experiência ao trabalhar em “Queer” foi profundamente emocional e reveladora, refletindo sobre como a pesquisa sobre a cultura queer o ajudou a entender melhor a si mesmo e seu papel como designer.
Durante o processo de seleção do elenco, Guadagnino buscou o conselho de Anderson, que ficou surpreso ao ser chamado para ajudar na escolha do ator para Allerton. Ele percebeu que a ambiguidade de Starkey poderia trazer uma qualidade misteriosa ao personagem, algo que era essencial para a narrativa.
Os figurinos foram projetados para serem autênticos e representativos da época, com cada peça original, desde a roupa de baixo até os sapatos. A ideia era que tudo coubesse em uma única mala, refletindo a vida nômade dos personagens. Anderson se sentiu ansioso antes de seu primeiro fitting com Craig, mas rapidamente estabeleceu uma conexão criativa com o ator, que imediatamente compreendeu a proposta do figurino.
“Queer” não é apenas um filme sobre a luta de um homem contra suas próprias limitações, mas também uma exploração da complexidade das relações humanas e da memória. Anderson destacou que o projeto lhe proporcionou um entendimento mais profundo sobre a cultura queer e a importância de representar essas histórias na tela, algo que ressoou fortemente com ele como membro da comunidade LGBTQ+. A produção dessa obra promete não apenas desafiar as normas da moda, mas também provocar reflexões significativas sobre identidade e autoaceitação.
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