A Hawaiʻi LGBT Legacy Foundation (HLLF) promoveu um evento chamado Rainbow Town Hall em 20 de fevereiro de 2025, no Memorial Auditorium da Prefeitura de Honolulu. Este evento, realizado após a remoção dos programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) pelo ex-presidente Donald Trump, teve como objetivo discutir a identidade Māhū e sua interseção com as noções ocidentais de LGBTQIA+. O painel abordou a história e a cultura Māhū, enfatizando o papel significativo que essas identidades desempenharam na sociedade havaiana, onde a fluidez de gênero e sexualidade sempre foi uma característica respeitada.
Max Rodriguez, membro do conselho da HLLF e presidente do Rainbow Town Hall, destacou que a identidade LGBTQ+ está profundamente entrelaçada com a cultura havaiana. Ele explicou que, antes do contato ocidental, os Māhū eram vistos como curadores e professores, e que essa rica história precisa ser reconhecida e respeitada na atualidade. O evento contou com a participação de especialistas como Emily Hills, advogada da ACLU, e Maddalynn Sesepasara, gerente de serviços transgêneros no Hawaiʻi Health and Harm Reduction Center, e foi moderado por Kamaka Pili, personalidade da TV.
Camaron Miyamoto, diretor do Centro LGBTQ+ da Universidade do Hawaiʻi em Mānoa, mencionou que o centro oferece suporte acadêmico e pessoal aos estudantes, independentemente de gênero ou sexualidade. Ele também expressou sua preocupação com as recentes políticas que visam desmantelar iniciativas DEI, que têm impactado diretamente a comunidade LGBTQ+ e os alunos da universidade. Segundo Miyamoto, houve um aumento significativo na demanda por recursos, refletindo as dificuldades enfrentadas pela comunidade nesse novo contexto político.
Rodriguez e Miyamoto enfatizaram a importância da educação sobre as identidades Māhū e a necessidade de proteger esses grupos em um clima onde os direitos de LGBTQ+ estão sob ataque. O evento Rainbow Town Hall procurou ampliar a compreensão sobre a interseccionalidade entre a cultura e a queerness, incentivando a resistência e a solidariedade entre os membros da comunidade. Como Rodriguez concluiu, ‘não sabemos o que o futuro nos reserva, mas devemos seguir em frente e nos apoiar mutuamente’. O objetivo é garantir que as vozes da comunidade LGBTQ+ e suas histórias sejam ouvidas e valorizadas, especialmente em tempos de adversidade.
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