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“Como ‘Queer’, o novo filme de Luca Guadagnino, desafia estereótipos e explora a complexidade do desejo humano na Cidade do México dos anos 1950”

O filme ‘Queer’, dirigido por Luca Guadagnino, traz Daniel Craig em uma atuação impactante e desafiadora, marcada por sua profunda exploração do desejo humano e da sexualidade. Adaptado do romance de William S. Burroughs, lançado em 1985, o longa se passa na Cidade do México nos anos 1950 e segue Lee, interpretado por Craig, um expatriado americano que se vê preso em um ciclo de vícios e solidão, até se apaixonar perdidamente por Eugene Allerton, vivido por Drew Starkey.

Guadagnino, conhecido por suas obras sensuais e provocativas, como ‘Me Chame Pelo Seu Nome’, utiliza sua visão artística para explorar a relação entre o corpo e o desejo em ‘Queer’. O filme se destaca por sua narrativa não linear, dividida em três capítulos e um epílogo, que introduz uma atmosfera onírica e surrealista. A cinematografia é ricamente estilizada, com uma paleta de cores vibrantes que acentua a solidão e a busca pelo amor em um mundo que muitas vezes marginaliza a homoafetividade.

Daniel Craig se afasta do estereótipo de herói de ação ao representar um personagem complexo, repleto de fragilidade e obsessão. Sua performance, já indicada ao Globo de Ouro, marca um ponto de virada na sua carreira, ao lado de Drew Starkey, que encarna a juventude efêmera e a beleza idealizada que permeiam o filme.

Conforme a história avança, os personagens embarcam em uma jornada alucinógena pela América do Sul, onde o diretor explora ainda mais os sentimentos intensos e muitas vezes dolorosos de Lee. ‘Queer’ não fornece resoluções fáceis, mas sim um retrato sincero da luta interna do protagonista entre o desejo e a realidade, questionando as normas de masculinidade e amor.

Com sua narrativa rica e provocativa, ‘Queer’ é uma celebração da diversidade e uma reflexão sobre a condição humana, fazendo ecoar a necessidade de aceitação e amor em um mundo muitas vezes hostil. É uma obra que não apenas encanta, mas também provoca uma profunda reflexão sobre a sexualidade e a busca por conexão em um cenário contemporâneo.

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