A estreia de Gala del Sol no Sundance, “Rains Over Babel”, traz uma visão tropical e queer da obra clássica “Inferno” de Dante, ambientada em uma Cali, Colômbia, reimaginada como um purgatório repleto de alegria queer e realismo mágico. O filme é uma celebração da vida e da morte, onde drag queens e demônios coexistem em bares iluminados por neon, enquanto lutas de kung fu ocorrem em locais inusitados. Essa fusão de realidades opostas transforma a narrativa colombiana, frequentemente marcada pela violência, em um espetáculo vibrante que explora as profundezas do ser humano em busca de evitar a morte.
A história gira em torno de La Flaca, uma mulher negra sedutora que comanda o bar Babel, onde um enredo complexo se desenrola com a participação de uma salamandra falante, um poeta morto, uma drag queen em ascensão e muitos outros personagens excêntricos. O protagonista, Dante, está prestes a encerrar seu contrato com La Flaca, que lhe confere a tarefa de coletar almas. No entanto, sua jornada o levará a confrontar sua identidade e seu passado em um mundo onde a vida e a morte se entrelaçam em uma dança de resistência e alegria.
“Rains Over Babel” não é apenas um filme, mas uma festa cinematográfica que celebra a diversidade e a resiliência da comunidade LGBT. A trilha sonora, que mistura ritmos de salsa e trap, complementa a experiência visual e auditiva, enquanto os figurinos e cenários coloridos enriquecem a narrativa. A obra de Gala del Sol enfatiza a importância de encontrar beleza na resistência e de viver a verdade, mesmo em face da adversidade. Como um dos personagens afirma, às vezes, “a melhor coisa é saltar para o vazio e deixar o que precisa queimar… queime.” Com isso, o filme não apenas provoca reflexão, mas convida o público a se envolver em sua celebração da vida, da identidade e da liberdade.
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