in

Como tudo começou

Marco para a lesbianidade feminista. As mulheres que amam mulheres sempre viveram escondidas e perseguidas, em todas as épocas e classes sociais. E sempre participaram das lutas sociais, por liberdade, justiça, igualdade, assim como outras mulheres lutadoras, invisibilisadas ao longo da história.

Em nosso país, simultâneo à ampliação da luta contra a ditadura nos anos 1970/80, há o fortalecimento do movimento feminista que trouxe também ao campo social as reivindicações pelo respeito às diferentes orientações sexuais. Toma corpo o movimento homossexual brasileiro, com as primeiras manifestações públicas de lésbicas e gays, que hoje se configuram em diferentes formas de organização e mobilização, tais como a Caminhada Lésbica, o Dia da Visilibilidade Lésbica, Dia de Combate a Lesbo/Homofobia, a Conferência Nacional LGBT, a Parada LGBT.

Para as lésbicas, o ano de 2003 foi referência para o crescimento de sua visibilidade e organização. Ao mesmo tempo em que acontecia, em São Paulo, o V SENALE (Seminário Nacional de Lésbicas) – considerado um marco para o fortalecimento da organização política de lésbicas e bissexuais – foi realizada a I Caminhada de Lésbicas do país. Organizada pelo Grupo Umas & Outras, ela foi inspirada em experiência semelhante que acontecia no México.

Desde então, todos os anos em São Paulo, no sábado que antecede a Parada do Orgulho LGBT, as mulheres lésbicas e bissexuais fazem sua caminhada para romper com a invisibilidade e discriminação a que estão sujeitas nos espaços de poder, na sociedade, e dentro do próprio movimento LGBT.

Liga Brasileira de Lésbicas
A Liga Brasileira de Lésbicas/LBL é uma articulação política de mulheres lésbicas e bissexuais pela garantia efetiva da livre orientação e expressão afetivo-sexual. Tem como princípios a democracia, a transparência, a solidariedade, o pluralismo, a autonomia, a autodeterminação, a liberdade e horizontalidade, e a defesa dos princípios feministas e suas bandeiras. A LBL defende, ainda, o Estado laico, o combate aos fundamentalismos religiosos, adota uma postura anti-capitalista, e promove a visibilidade lésbica e a luta contra a lesbo-homofobia, o machismo, o sexismo, a misogonia e o racismo.

Criada em janeiro de 2003 durante o Fórum Social Mundial, a LBL tem atuado para alcançar uma sociedade livre de discriminações e injustiças, na qual nenhuma forma de amor seja alvo de preconceito.

Em São Paulo, a LBL luta hoje para garantir a implementação de políticas públicas que reconheçam as especificidades lésbicas e bissexuais e sua cidadania plena.

VII Caminhada de Lésbicas e Bissexuais de SP. Participe e traga suas amigas! Mais informações: www.lbl.org.br.

Há quanto tempo?

Iguais e tão diferentes…