O secretário de Defesa do Reino Unido, John Healey, anunciou uma significativa mudança na compensação para veteranos LGBT que foram expulsos das Forças Armadas devido à sua orientação sexual. De acordo com informações obtidas, esses veteranos poderão receber até £70.000, uma medida que visa reconhecer o “sofrimento histórico” enfrentado por esses indivíduos.
A decisão, que será oficialmente revelada em breve, inclui um aumento de 50% no esquema de reconhecimento financeiro para ex-militares que foram dispensados por sua sexualidade. A partir de agora, aqueles que foram demitidos ou deixaram o serviço por motivos relacionados à sua orientação sexual receberão uma compensação inicial de £50.000, podendo chegar a £20.000 adicionais, dependendo da situação.
Além disso, o governo também permitirá que os veteranos que foram demitidos por sua orientação sexual ou identidade de gênero possam solicitar a restauração de seus postos e a correção das razões de sua dispensa. Os pagamentos serão isentos de impostos e benefícios testados, garantindo que os veteranos LGBT recebam o valor total que lhes é devido.
O esquema de compensação estará disponível por um período de dois anos, e as solicitações de veteranos com doenças terminais terão prioridade. A decisão é parte de um esforço mais amplo do governo britânico para corrigir injustiças do passado, reconhecendo que o tratamento dado a esses militares entre 1967 e 2000 foi inaceitável e não reflete os valores das Forças Armadas contemporâneas.
Esta mudança vem em um momento em que questões de inclusão e reconhecimento dos direitos LGBT estão em foco em várias partes do mundo, especialmente à luz de recentes declarações e ações em outros países, como os Estados Unidos, onde há preocupações sobre a possível exclusão de membros trans das Forças Armadas sob a administração futura de Donald Trump. O Reino Unido, por sua vez, parece estar tomando medidas significativas para apoiar e compensar aqueles que sofreram injustamente em sua luta por dignidade e respeito dentro das forças armadas.
