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Compositor Richard Wagner tinha tendências de travesti, apontam documentos

Uma carta enviada a um alfaiate de Londres e apenas recentemente publicada reacendeu as discussões em torno da sexualidade e fetiches de um dos maiores compositores de óperas de todos os tempos. O alemão Richard Wagner (1813-1883), responsável pela construção do Castelo Neuschwanstein (FOTO), que serviu de inspiração para o Castelo da Cinderela na Disney World, EUA, enviou, em janeiro de 1874, um pedido de encomenda para um vestido, supostamente para sua mulher. “O corpete deverá ter o colo alto, de encaixes e com cintas; as mangas devem ser justas e o vestido esvoaçante, de cetim – será muito amplo e com cauda – e terá um laço atrás e outro na frente”, detalhou Wagner. Para o co-diretor do “Wagner Journal”, Barry Millington, a carta “alenta a teoria de que o compositor mostrava certas tendências de travesti”. “Essa carta indica um interesse muito detalhado, senão fetichista, nas minúcias da roupa feminina”, completa Barry em uma entrevista ao jornal inglês “The Guardian”. Segundo contam as más línguas, duma feita, o músico alemão teria fugido, em 1864, de seus credores vienenses vestido com roupas femininas. Em outra carta, de 1869, Wagner pede a um alfaiate um “traje negro que possa usar na rua, com ou sem ‘cazavoika’, ou em casa, como combinação”. (Em tempo: “cazavoika” é um vestido feminino formado por um corpete e com uma abertura na saia até o chão, a fim de mostrar um saiote decorativo.) Autor do livro “Richard Wagner: o último dos titãs”, Joachim Koechler define Wagner como “um compositor travesti que precisava de uma aura de feminilidade para estimular os sentidos”. “Ele tinha um lado feminino muito pronunciado, um exemplo é sua necessidade de usar roupa íntima de seda e cetim”, sentencia Barry.

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