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Comunidade gay é foco de famosos que pretendem ser vereadores em SP

A depender de famosos e figuras folclóricas, a comunidade GLBT paulistana está com sua cidadania garantida a partir do próximo ano. Isso porque algumas figuras conhecidas da televisão planejam se candidatar a uma das 55 vagas à Câmara de Vereadores de São Paulo.

O assunto foi reportagem da colunista Mônica Bergamo do último domingo, 21/10. Sérgio Mallandro, Renata Banhara, Ronaldo Esper, Léo Aquilla e Ovelha são algumas das celebridades que pretendem lançar suas candidaturas no próximo ano.

Áquilla e Esper destacam-se entre os demais por já terem em mente projetos de leis que beneficiam a população gay da capital paulista. Se eleitos os candidatos mostram a intenção de incentivar projetos culturais e um retiro para homossexuais.

O jornalista Léo Aquilla, mais conhecido pela sua personagem homônima, pretende propor uma espécie de lei Rouanet gay, para incentivar eventos gays. Para o candidato do PR, seu trunfo na candidatura é o público infantil. "A criançada ama Léo Aquilla. Todo mundo acha que eu pareço com a Barbie", declarou. O candidato tem ainda outros projetos como a inclusão de "educação emocional" na grade curricular de escolas de ensino infantil e o uso de camisinha no casamento. Este último é um projeto "por amor às mulheres, porque eu, inclusive, gostaria de ser uma [risos]. O marido sai para fazer sexo com travesti, com prostituta e acaba se contaminando", diz.

Já Esper, diz que recebeu convite de "todos os partidos, menos os de esquerda", para se candidatar, após o incidente em que foi acusado de furtar vasos em um cemitério de São Paulo. "Os partidos começaram a me procurar depois dessa história do cemitério. Às vezes vou às reuniões [do PTB] e fico me perguntando o que eu tenho a ver com tudo isso. Não sou a rainha da Inglaterra".

Entre os projetos do estilista está a criação de um retiro final para homossexuais. "Um local que seria como um asilo, mas não é. Na verdade é re-ti-ro. As pessoas perguntam: ‘por que os idosos homossexuais não podem ficar com outros em um asilo?’ Um homossexual idoso, que tenha desejo homossexual, cria tumulto em um asilo. Então, quero criar um lugar só para ele passar o fim da vida", explicou.

Um momento risível, para dizer o mínimo, da entrevista é quando a jornalista Mariana Bastos, responsável pela reportagem pergunta à Esper: "Então você vai se apoiar no eleitorado gay?" e o estilista responde pedindo para que ela pergunte se ele é gay. "Querida, me pergunta: Você é homossexual?". Ao ser questionado, Esper responde dubiamente: "Vivem me perguntando isso. Eu digo que não. Mas, como o homossexual vai ser muito cuidado na minha campanha, digo que sim para o homossexual que me interesse e que é inteligente. Para o que não me interessa, não sou."

A reportagem conta ainda com conselhos de dois vereadores "veteranos" que trocaram os palcos pela política. O cantor e vereador pelo PR, Aguinaldo Timóteo, dá um recado a Léo Áquilla, colega de partido. "Tem que ter uma conduta distinta, séria. O Léo Áquilla precisa entender que vai ser difícil se ele só representar as lésbicas, os GL… Todos nós temos que defender os interesses dos cidadãos de SP".

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