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Concretizações de final de ano

Olá leitoras! Está chegando o fim do ano e com ele vem a ideia de mais uma finalização em nossas vidas. Finalizações não são ruins, como a maioria das pessoas pensam, pelo contrário, são absolutamente necessárias.

Muitas vezes ficamos dentro de uma situação “x”, como um relacionamento, um emprego, uma amizade, e não sabemos quando é a hora de dizermos: “Fim! Chega! Isto não serve mais para mim!”

Às vezes, adiamos a chegada de uma finalização por inúmeras razões, dentre elas, está o medo do novo, do que virá ou, ainda, a sensação de perda que vem logo que deixamos de ter aquilo que um dia nos deu a impressão de segurança, o que também pode ser traduzido como “porto seguro”, como alguns gostam de dizer.

Quantas de nós já não passamos ou mesmo vimos alguém passar por aquela situação onde o relacionamento já não está tão bom, as brigas são constantes e o outro passa a ser somente o outro, que está ali, mas, ao mesmo tempo, não está.

Um exemplo que vemos comumente são aqueles casais que encontramos num restaurante jantando, ambos sem emitirem um som, uma palavra para o outro, é a chamada “solidão a dois”, como já dizia Cazuza.

Já no profissional, aquela situação onde a pessoa passa anos trabalhando numa empresa que não a respeita, que oprime seu modo de ser e pensar, que lhe fazem trabalhar 12 horas por dia e dizem que é para “cumprir metas”.

Ou ainda, aquele amigo que te cobra coisas o tempo todo. Porém, quando você pede algo, ele finge que não é com ele. Além dessas situações, existem inúmeras outras que poderíamos citar, o fato é que o que temos que pensar é: para que preciso disto em minha vida?

Sei que não é fácil nos movimentarmos para a concretização de um término, temos isso enraizado em nossas almas, que o que termina traz somente dor e infelicidade e o que resta após isso é uma incógnita, que por vezes achamos que não estamos preparadas para nos permitir.

A permissão que nos concedemos para a finalização de algo que já não nos completa existe a partir de nossa vontade maior de viver e ser feliz.

Aprendendo a lidar com os medos que nos cercam, acreditando em nossos potenciais, mudamos a energia que depositávamos na situação paralisante e abrimos caminho para o novo, de forma consciente e mais tranquila.

Conseguir chegar a isso é um ideal que todos nós deveríamos ter como meta. Porém, muitos ainda não têm a clareza sobre o que fazer de suas próprias vidas.

Portanto, que esse final de ano 2010 seja o momento para tomarem consciência; a vida é única e temos o dever de vivê-la da melhor maneira possível.

Não fujam das portas que se abrem, dos caminhos que nos são mostrados e que 2011 comece como o início de uma nova vida.

Um grande beijo a todas.

*Regina Claudia Izabela é psicóloga e psicoterapeuta. Email: claudia@dykerama.com.

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