Um homem de Nelson, identificado como Harris Girling, foi condenado por expressar opiniões racistas e homofóbicas em uma rede social chamada Gab, que se apresenta como um espaço de “livre expressão”. Entre agosto de 2021 e fevereiro de 2023, Girling fez mais de 4.000 postagens, nas quais promovia ideais nazistas e disparava ofensas contra diversas minorias, incluindo judeus, muçulmanos, negros e homossexuais.
Girling admitiu seis acusações de incitação ao ódio racial e duas relacionadas a homofobia. Em suas postagens, ele chegou a afirmar que “o único erro de Hitler foi não destruir todos os homossexuais, judeus e degenerados sexuais da Europa”. Além disso, ele sugeriu que todos os homossexuais deveriam ser enforcados para “salvar as crianças”.
Durante a investigação, a polícia apreendeu vários dispositivos eletrônicos de Girling, que continham imagens e vídeos que reforçavam suas opiniões extremistas. Apesar da natureza pública de suas postagens, foi observado que a maioria delas não teve uma ampla repercussão, indicando que a comunidade não se interessou pelas suas opiniões.
O advogado de defesa, Brendan O’Leary, argumentou que Girling era uma “pessoa complexa” e que sua trajetória política havia mudado drasticamente ao longo dos anos, passando de visões mais progressistas para ideais de extrema direita, o que ele atribuiu a problemas de saúde e outras dificuldades pessoais.
O juiz Robert Altham, ao proferir a sentença, impôs uma pena de dois anos, que foi suspensa por 20 meses, além de exigir que Girling completasse atividades de reabilitação e impôs um toque de recolher. O juiz enfatizou a perplexidade em relação à sua mudança de ideologia e refletiu sobre o impacto de suas palavras nas comunidades que ele atacou.
Essa condenação serve como um alerta sobre os perigos do discurso de ódio e como ele pode afetar negativamente as minorias, especialmente a comunidade LGBT, que frequentemente enfrenta discriminação e violência motivadas por preconceitos semelhantes aos expressos por Girling.
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