Logo no meio do ano tivemos uma notícia que nos pegou de surpresa. A morte de uma das travestis mais famosas do Brasil – depois da Vanessão, é claro – Andréia Albertine. Sim, a travesti do caso Ronaldo.
No auge dos seus 22 anos, Andréia nos deixou com muitas “pulgas atrás da orelha”. Em vida, poderia ter esclarecido muitos detalhes daquela polêmica noite com o jogador Fenômeno, no Rio de Janeiro. Mas, com sua morte repentina, figurou pouco pela mídia LGBT e nem deu tempo de saborear sua estreia no cinema porno, em seu longa de estreia "Ela é um Fenômeno", lançado em 2008.
E já que tocamos nessa assunto, como não citar aqui a triste partida do nosso querido amigo Clô. O estilista e até então deputado Clodovil Hernandes teve um AVC (Acidente Vascular Cerebral) após ter sofrido uma queda em seu apartamento de madrugada. Com a morte, a cadeira de Clodovil na Câmara dos Deputados foi ocupada pelo ex-coronel da Polícia Militar, Paes de Lira (PTC-SP).
Podemos dizer que na política Clodovil foi rapidamente substituído, já no que diz respeito a pessoas com personalidade forte e autênticas, Clodovil figurará por muito tempo no alto do ranking.
Mas não será só por despedidas que o ano de 2009 será lembrado. A vinda da cantora Madonna agitou as terras tupiniquins com o som das pickups de seu amigo, namorado e DJ Jesus Luz. Desta vez, rainha do pop veio ao Brasil, acompanhada também de seus filhos, para arrecadar fundos para sua fundação na África. Más línguas comentam que além de angariar fundos, Madonna veio mesmo é conhecer a família do seu amado toy boy. Será? Jesus é tão novinho pra casar…
Outro brasileiro em destaque foi o ator Marco Pigossi, que se encarregou de levar humor à massa interpretando o seu afetado personagem Cássio, em Caras & Bocas. Antes da estreia do folhetim global, a mídia divulgou amplamente a presença de gay no elenco da trama das 7. Mas, como nem tudo é perfeito e já sabemos muito bem disso, durante a novela Cássio foi dando uma entortada ali, aqui e acabou beijando uma mulher.
Ou seja, a bissexualidade com certeza dá mais ibope que a homossexualidade na TV. Prova disso é o prêmio que Marco faturou na cerimonia do jornal Extra como Revelação do Ano. Ao que tudo indica, provavelmente Cássio terminará a novela casado… com uma mulher, claro. Depois disso, nem nos restará dizer: choquei!
De ator para atriz, Angela Vieira brilhou no papel da bem resolvida bissexual Leila, em “Cinquentinha”, minissérie de Aguinaldo Silva, que com torcida voltará em sua segunda temporada na Rede Globo. Aliás, antes mesmo de estrear, “Cinquentinha” já dava o que falar. Tudo isso por que ao ser escalado para viver um personagem gay e vilão na série, o ator Reynaldo Gianecchini recusou o papel e disse “não” ao convite de Aguinaldo Silva.
Mais resolvido e bem menos atribulado com a famosa “agenda de trabalho”, o ator Pierre Baitele decidiu encarar o desafio e – porque não dizer – ARRASOU interpretando o charmoso e malvado homossexual Pablo.
E por falar em gente talentosa, vale citar a participação de Letícia Spiller na 14ª Parada Gay do Rio de Janeiro, que aconteceu em outubro. A atriz global deu um exemplo de cidadania e solidariedade ao se mostrar a favor dos direitos gays.
Bom exemplo de uns, mau exemplo de outros. Nosso inesquecível garoto dos mullets, Junior Lima – irmão da Sandy -, se irritou tanto com os boatos sobre sua sexualidade que mandou todos à merda. Afinal, ele é “solteiro, jovem e mora sozinho”. Queriam o que? Que ele se trancasse e não aparece em mais nenhuma balada de São Paulo acompanhado dos amigos? Francamente. Vendo por esse lado, ate valeu o desabafo, mesmo que tenha sido por Twitter!
Falando em novas ferramentas, como o Twitter, o jogador Richarlyson também resolveu aderir uma nova “ferramenta” para, segundo ele, aumentar sua autoestima e melhorar seu desempenho na equipe do São Paulo. Isso tudo foi para explicar o seu novo visual: um aplique.
Antes mesmo que algum cabeleireiro palpitasse sobre a sua nova cabeleira de Richarlynson, a torcida preconceituosa do tricolor paulista se encarregou disso e bombardeou o jogador de criticas e insultos homofóbicos. O resultado? Empate. Richarlyson irá retirar o aplique, mas só quando voltar aos campos. Menos mal!