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Confira entrevista com DJ espanhol Hugo Sanchez do Supermartxé; ouça suas produções!

O DJ espanhol Hugo Sanchez passou pelo Brasil no último fim de semana para se apresentar em Campinas e Belo Horizonte. O moço faz parte do selo Supermartxé. Essa não é a primeira vez que ele toca por aqui, aliás, ele disse adorar as festas do país. A seguir, você confere a entrevista com o gato para o A Capa durante sua passagem por aqui. Ele fala sobre a carreira, a cena gay na Espanha e o assédio que sofre nas pistas.

Como surgiu seu interesse em se tornar DJ?
Meu interesse pela música eletrônica vem desde que eu tinha 14 ou 15 anos, quando  comprei meus primeiros CDJS e instalei eles no jardim da minha casa. Passou uns 2 anos e comecei a perceber que estava amando cada vez mais aquilo, comprei, então, um equipamento profissional e segui tocando apenas como hobby. Foi quando comecei a tocar em festas de amigos e percebi que as pessoas gostavam do que eu fazia, do que eu tocava, esse foi o start para que eu começasse a levar a sério o lance de ser DJ e apenas me dedicar a isso. Com o passar dos anos comecei a tocar nos clubes mais importantes de Madrid. Cinco anos depois veio o grande convite para tocar na Supermartxé e ai começou minha ascensão até o que sou hoje.

Você é muito assediado? As pessoas têm o fetiche de querer ficar com o DJ da festa?
(Risos) Bom, vou ser sincero, tem de tudo. Não vou negar que só pelo fato de ser DJ, as pessoas tem fetiche, não importa nem se ele é feio ou bonito. No meu caso já tive que muitas vezes passar com segurança no meio do público, porque as garotas e os garotos me param para tirar foto e às vezes acaba resultando em alguns assédios. Mas, no fundo, até que eu gosto, afinal, quem não gosta de um assédio?

A Espanha tem uma cena de música eletrônica e gay muito forte. A que se deve isso?
Venho de um público gay, já que foi a cena GLS que me acolheu. É claro que na Espanha nos gostamos de música boa e os gays são especialistas nisso. É um publico super querido, para o qual o DJ gosta de tocar, porque se vê que o público realmente gosta da música e isso é importantíssimo para o DJ. O por quê de termos uma grande cena GLS? Realmente não sei, acho que é por conta de Ibiza, talvez, não sei dizer ao certo.

Qual a melhor festa que você já tocou?
Não sei dizer uma assim que me venha na cabeça, porque tive várias muito boas. Mas talvez, sem dúvida, posso dizer que uma das melhores festas foi quando me deram o Prêmio Guiness, na Privilege, em Ibiza. Nesse dia tinha mais de 16 mil pessoas na pista, foi algo indescritível. Outra que eu gostei muito de tocar foi numa festa fechada na cobertura do Hotel Hilton, em Istambul.

Dentre as várias cantoras da cena, qual a que você mais gosta?
Sendo realista, a melhor voz é a da Nalaya Brown, ela é completa como artista. Mas gosto também de Patrizze e Nuria Swan.

Conhece o trabalho de algum DJ ou artista do Brasil?
Conheço o trabalho do Leandro Koppel, tenho encontrado com ele em diversas festas e temos uma certa amizade. Além disso, gosto do trabalho dele.

Você já veio algumas vezes ao Brasil. Você gosta de tocar aqui?
Sim, essa é a terceira vez que venho ao Brasil. Gosto muito de tocar por aqui porque as pessoas transmitem muita energia na pista e isso para mim é fundamental numa apresentação.

Um conselho para quem quer começar a carreira de DJ.
Um conselho que sempre dou para as pessoas que me perguntam isso é: se você quer ser DJ, que seja realmente por amar e sentir a música de verdade. Porque todo mundo pode "tocar uma música", mas aquele que realmente sentir de verdade vai ser aquele que fará bem e transmitirá seu amor em suas apresentações.

AQUI você acessa o Soundcloud do Hugo Sanchez e consegue escutar as produções do DJ. E AQUI você confere a página do espanhol no Beatport. Aumenta o som e se joga!

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