in ,

Confira o beabá da jogação no Distrito Federal

Todo dia, em todos os telejornais, Brasília é notícia. Mas nem só de política vive a capital construída por JK. O Distrito Federal, que já teve fama de “Terra do Carão” devido à frieza dos candangos, agora é Terra da Jogação. Se antes os brasilienses desembarcavam aos montes em São Paulo e no Rio de Janeiro todo fim de semana atrás de grandes festas, agora é para Brasília que muito festeiro renomado tem ido em busca do mercado de ouro da cidade, com uma das maiores rendas per capita do Brasil. Um exemplo disso foi a edição da X-Demente que rolou em março na Capital Federal. A produção foi mega e aconteceu no Espaço de Cultura Contemporânea (local nunca usado para uma festa gay antes). Rosane Amaral, produtora da R:evolution, também teria demonstrado interesse em levar sua marca e negocia com um produtor local a ida da festa para lá ainda neste semestre. André Almada recentemente esteve em Brasília a passeio e também revelou ter interesse em produzir festas no Planalto Central. Outro sinal que a noite na cidade é promissora foi a inauguração, no final de março, da filial da Blue Space em Brasília, no local onde funcionava a extinta boate Garagem. Reviravolta na noite O boom da cena GLS de Brasília está diretamente relacionado aos investimentos de produtores locais que, em 2006, abriram o mercado com eventos fora do “gueto”, em locais famosos da corte brasiliense, como o luxuoso Marina Hall. O público que começou a freqüentar esse tipo de festa cresceu de forma impressionante e injetou dinheiro e ânimo no mercado gay da cidade. Afinal, com mais gente fora do armário, maiores são as baladas. A Festa da Lili, de Liliane Santana, por exemplo, chega a reunir 4 mil pessoas. A Festa FUN, de Fernando Toledo, tem superado muita produção carioca e paulista ao mesclar elementos cênicos do teatro com a decoração. Soma-se a isso DJs badalados e gente com dinheiro no bolso e já viu no que dá. Pode acreditar que os festeiros lá convivem numa boa, em um espírito de coleguismo super-pacífico. Vai ver é isso que está faltando na noite de algumas cidades. Arrume as malas Para os forasteiros, sugerimos passar um fim de semana em BSB. Escolha um com alguma festa marcada e se jogue por lá. Mesmo que você já conheça a cidade, vale a pena voltar para conferir essa nova fase. De dia tem todo um turismo cívico e arquitetônico para visitar e à noite, não tenha medo: faça a linha ‘não-sou-daqui-mesmo’ e arrase. Beabá da jogação no DF Pegação • Bem pertinho dos hotéis fica o Parque da Cidade. Antes do almoço, vale a pena dar uma corrida por lá e, de quebra, dar aquela conferida nas ‘belezas do cerrado’. À noite costumava ter pegação, mas a violência espantou os freqüentadores e a administração local estuda fechar os estacionamentos de madrugada. Cultural • Almoce perto do hotel e faça um city tour pela Esplanada dos Ministérios. Como tudo fica muito próximo, e as principais visitações são gratuitas, o melhor é ir de táxi e evitar empresas turísticas. Cada trajeto ali perto vai ficar tipo R$ 5. O Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Itamaraty são paradas fundamentais. Comidinhas • Antes da balada propriamente dita, o povo se divide entre o bar Beirute (109 Sul) e o Café Savana (116 Norte). O ‘Beira’ é o bar mais popular e tradicional do DF. O Savana, um restaurante cool mais refinado. Há anos é assim e os dois superlotam sempre. Festas • Se você não tiver um amigo candango para comprar seu ingresso antecipado, não se desespere. O valor da entrada na hora não costuma ser muito mais caro. A média é R$ 20 antecipado e R$ 25 na bilheteria. Mais Informações • Para saber onde se jogar no DF, basta acessar: www.paroutudo.com, portal GLS de Brasília. Lá tem toda a programação dos fins de semana e todas as datas do fervo do primeiro semestre, além de críticas e coberturas dos principais eventos gays da cidade. *Texto extraído da edição 02 da revista A Capa

Beijaço gay em frente a Record é adiado por causa da chuva

APOGLBT treina militantes para ativismo GLBT e prevenção de DST/Aids