Aconteceu no último domingo (4) a 18ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Antes do início da manifestação na Av. Paulista, houve uma coletiva de imprensa, em que estavam presentes, o governador Geraldo Alckimin, o prefeito Fenando Haddad, a minístra de Direitos Humanos Ideli Salvatti, o presidente da APOLGBT SP Fernando Quaresma, entre outros.
Coletiva de Imprensa
A coletiva começou por volta das 10h. Fernando Quaresma foi o primeiro a ter a palavra. Ele focou o discurso em questionamentos sobre a criminalização da HomoLesboTransobia. "A comunidade LGBT precisa de uma lei que puna a HomoLesboTransfobia", defendeu.
Sobre a Parada, ele revelou que não entende ou concorda com os que dizem que ela perdeu o sentido. "É muito fácil criticar a Parada e nada fazer para ajudar a associação ou os LGBTs durante o ano", argumentou ele.
O conselheiro da APOLGBT SP também teve a palavra. Emocionado, ele disse que a preocupação das pessoas deveria ser sobre uma lei espeficífica que puna a homolesbotransfobia e não ao valor gasto para fazer a Parada. "É inadmissível que o PLC 122 tenha sido arquivada. Precisamos de uma secretaria para LGBTs", bradou ele.
A ministra Ideli Salvatti foi enfática. "Infelizmente, no Brasil, o poder é homem, branco, rico e heterossexual. Precisamos transformar o público da Parada LGBT em votos para os nossos representantes", disse ela, que defendeu a existência de Parada.
Já os discursos do governador Geraldo Alckmin e Fernando Haddad seguiram a mesma linha de raciocínio. Eles poderaram sobre a identidade e a diversidade de São Paulo e de como a Parada contribui para isso. "Somos o que somos porque somos diferentes. Não podemos admitir crimes de intolerância", defendeu Haddad.
"São Paulo é a terra da diversidade e a Parada mostra nossa identidade moral", finalizou Geraldo Alckmin.
Parada do Orgulho LGBT.
A av. Paulista já estava tomada de manifestantes quando alguns membros do governo voltaram a discursar no primeiro trio da Parada. Eles voltaram a falar sobre respeito, diversidade e a criminalização da HomoLesboTrasfobia.
Dados da Polícia Militar falam de cerca de 100 mil pessoas no evento, embora os organizadores digam que o número gira em torno de 3 milhões. Era possível encontrar muitos LGBTs, mas também famílias heterossexuais, crianças e animais com as cores do arco-íris.
Os carros, como tradicionalmente, começaram a cruzar a av. Paulista por volta das 13h. Quando o relógio marcava 17h30 os últimos carros já finalizavam o percurso na Rua da Consolação.
Show de encerramento
O show de encerramento, comandado por Wanessa foi marcado por certo tumulto entre organizadores e a imprensa. Seguranças não permitiram que muitos credenciados acompanhassem o show na frente do palco e, de acordo com Alessandro Melchior, coordenador de políticas LGBT da Secretaria de Direitos Humanos, membros da organização e da prefeitura também não puderam ver ao show.
"Muita gente tentou entrar sem pulseira e nossos seguranças estavam barrando. Mas nossos seguranças acabaram sendo constrangidos a liberar muita gente, o que gerou vários problemas na área do palco. A Prefeitura paga dois terços desse evento e nem subiu no palco", comentou.
Wanessa fez o último show antes de entrar em licença maternidade para se preparar para dar a luz ao segundo filho. Veja algumas fotos da 18ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo: