Enquanto deputados e pastores se preocupam em "curar" a homossexualidade, a homofobia grassa no País e, sem o devido combate, tem atingido héteros com cada vez mais frequência. Dessa vez, há três vítimas em Araçatuba, no interior de São Paulo.
Na última sexta-feira, 29 de junho, um engenheiro civil de 23 anos que estava com um amigo de 38 em uma boate na cidade foram agredidos. Os dois, que não tiveram a identidade revelada e teriam sido confundidos com homossexuais, foram espancados por outros dois homens com pedaços de paus e pedradas quando se preparavam para entrar no carro, informou a Agência Estado, no último dia 2.
Acionados para fazer a ocorrência, os PMs também foram agredidos, e a viatura chegou a ser depredada. Isso não impediu a prisão em flagrante dos agressores, Rafael Teixeira dos Santos, de 25 anos, e João Guilherme Valêncio, de 25, que foram conduzidos à Cadeia Pública de Penápolis, segundo o delegado do 1º DP de Araçatuba, Paulo Cacciatori.
A suspeita é de agressão homofóbica, já que, no dia seguinte, a polícia apurou que um dos criminosos já havia praticado atos de homofobia na cidade onde mora, Florianópolis. Um dos seguranças da boate informou ainda que os agressores anteriormente haviam sido expulsos da casa por terem sido flagrados consumindo cocaína no interior do estabelecimento. As vítimas deram entrada na Santa Casa de Araçatuba com muitos ferimentos, uma delas – o engenheiro – em estado grave, mas ambas já foram liberadas.
O terceiro caso envolveu um gay mesmo, um adolescente de 16 anos, que, também na noite de sexta-feira, foi agredido por um grupo de jovens que se reúne em um posto de combustível. O jovem disse à polícia que os agressores "se revoltaram" com a maneira pela qual ele andava no local e passaram a agredi-lo após descobrirem que ele era gay. A identidade do adolescente também não foi revelada.
Fica a pergunta de quando nossos governantes farão alguma coisa efetiva para o Brasil começar a mudar esse quadro.