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Congresso dos EUA pressiona por proteção a refugiado gay deportado a El Salvador

Deputados cobram respostas sobre o paradeiro e segurança de refugiado LGBTQIA+ venezuelano removido à força
Congresso dos EUA pressiona por proteção a refugiado gay deportado a El Salvador

Deputados cobram respostas sobre o paradeiro e segurança de refugiado LGBTQIA+ venezuelano removido à força

O congressista Robert Garcia, da Califórnia, usou seu espaço na Comissão de Segurança Interna da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos para questionar a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, sobre a situação de Andry Hernández Romero, um maquiador venezuelano LGBTQIA+ que foi deportado à força para El Salvador.

Garcia pediu especificamente que seja realizado um acompanhamento do bem-estar de Andry, perguntando se ele ainda está vivo e se é possível realizar uma verificação de saúde e segurança. A secretária Noem respondeu que, por estar em El Salvador, o melhor caminho seria apelar junto ao governo local e ao presidente salvadorenho.

Contexto da deportação

Em março, durante a administração Trump-Vance, Andry Hernández foi removido do território americano sob a alegação, feita por autoridades do ICE e da Alfândega dos EUA, de que ele seria membro do grupo criminoso venezuelano Tren de Aragua, suspeita baseada em tatuagens que ele possui. Hernández buscava asilo devido à perseguição sofrida por sua orientação sexual e por suas crenças políticas.

Após a deportação, Hernández foi encaminhado para o Centro de Confinamento contra o Terrorismo (CECOT), uma prisão de segurança máxima reconhecida por sua severidade, no território salvadorenho. Familiares e advogados do maquiador não obtêm notícias dele desde então, o que tem gerado preocupação sobre sua segurança.

Mobilização e cobranças

Em uma missão recente a San Salvador, Garcia e outros três congressistas democratas – Maxwell Alejandro Frost (Flórida), Maxine Dexter (Oregon) e Yassamin Ansari (Arizona) – se reuniram com o embaixador dos EUA em El Salvador, William Duncan, e solicitaram que a embaixada cobre do governo local informações e acesso a Hernández.

Apesar de não terem autorização oficial para a viagem, os parlamentares foram firmes na defesa dos direitos humanos do refugiado. Garcia ressaltou que a deportação ocorreu mesmo com a concessão do pedido de asilo, evidenciando uma grave violação do devido processo legal e um ataque à dignidade humana.

O impacto da política de deportação

O uso da Lei dos Inimigos Estrangeiros de 1798 permitiu ao governo Trump a deportação de não cidadãos sem direito a recurso legal, uma medida controversa que tem sido criticada por organizações de direitos humanos. A designação do Tren de Aragua como organização terrorista internacional pelo governo norte-americano complicou ainda mais a situação de migrantes venezuelanos.

Garcia denunciou a desumanização promovida por Trump, afirmando que a administração busca intimidar e marginalizar migrantes, enquanto ignora o impacto devastador dessas ações, especialmente para pessoas LGBTQIA+ que já enfrentam riscos acentuados.

Por que essa luta importa para a comunidade LGBTQIA+

A história de Andry Hernández simboliza os desafios enfrentados por refugiados LGBTQIA+ que buscam segurança e liberdade em países estrangeiros, mas que acabam vítimas de políticas punitivas e discriminatórias. A perseguição baseada em orientação sexual e identidade de gênero ainda é uma triste realidade em muitas partes do mundo, e a negligência de governos em proteger essas pessoas reforça a urgência de mobilizações globais.

Essa luta evidencia a necessidade de solidariedade internacional e de políticas que garantam direitos humanos, independentemente da nacionalidade ou identidade de gênero. O papel do Congresso dos EUA, pressionando por transparência e proteção, representa uma esperança para que casos como o de Andry não sejam ignorados.

Para a comunidade LGBTQIA+ do Brasil e do mundo, acompanhar e apoiar essas mobilizações reforça a importância de defender o direito à vida e à dignidade de todas as pessoas, principalmente aquelas que vivem em situação de vulnerabilidade e perseguição.

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