Grupos LGBT da Ásia, com presença mais forte de grupos muçulmanos, unem forças em uma rede internacional para garantir seus direitos civis e que estes sejam reconhecidos oficialmente em seus respectivos estados. Em um congresso realizado em Nusa Dua (ilha de Bali, na Indonésia), reuniram-se grupos da Indonésia, Bangladesh, Índia, Paquistão e outras regiões asiáticas. Uma das resoluções do encontro foi a de que os países devem se comprometer a reconhecer e garantir os direitos LGBT, assim como o fazem com os cidadãos heterossexuais.
Para Rio Triawan, do grupo Arus Pelangis, que organizou o congresso, a comunidade LGBT asiática sofre com problemas quanto a sua visibilidade e respeito, "todos sofremos estigmas, discriminação e perseguição, tanto por grupos religiosos como também por parte do governo".
Na Indonésia, conhecido pelo forte ensino religioso nas escolas, é comum que grupos adolescentes espanquem ou humilhem publicamente gays, lésbicas e também as transexuais. Apesar de não existir leis que condenem os homossexuais ou a homossexualidade no país, a própria sociedade se encarrega disso. LGBTs são espancados em praças públicas, espulsos de casa e assim ficam isolados.
No congresso realizado na Indonésia, uma das resoluções finais diz, "simplesmente queremos ser tratados como os outros cidadãos, não queremos ser exceções, apenas desejamos um tratamento humano".
O congresso também apontou para a situação extremamente delicada que vivem as lésbicas da região Asiática. Rosanda Flamer-Caldera, ativista lésbica cingalesa disse que ser lésbica em Sri Lanka "é como ser um criminoso. E, esta é a razão de sermos invisíveis". No fim do congresso todos comemoravam o fato inovador de tal encontro, porém lamentaram a participação zero de organizações do Ocidente.