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Decidi contar para minha mãe sobre minha “opção sexual” quando tinha 16 anos. Não queria mais mentir para ela. Queria ter uma vida normal como qualquer pessoa e demonstrar que eu iria continuar sendo o mesmo, sem ficar me escondendo, fingindo ser uma pessoa que não sou. Depois de me assumir “gay” para minha mãe, sai em prantos em direção ao meu quarto. Cheguei ao quarto, sentei na beira da minha cama, em prantos, e pensei que estaria sozinho. Foi quando o telefone tocou. Atendi, não conseguindo disfarçar a voz de choro. Era meu irmão no outro lado da linha, que logo percebeu e perguntou pra mim o porquê da minha voz. “Você chorou?”, perguntou ele. Aí, eu falei que não. Disse ser um resfriado e ele pediu pra falar com a mamãe. Meu irmão sempre foi muito mulherengo e machista, justamente o filho que minha mãe queria que eu fosse. E eu temia uma possível rejeição. Minha mãe havia contado a ele e já se encontrava na porta me olhando com uma cara de “agora você vai ver”. Quando peguei o telefone e disse “alô”, a reação do meu irmão foi de gritar comigo: “uuuuuuuuuuuUURRRRRRRRRRUUUUUUUUUUUU é isso ae!! você tem que ser quem você é. Isso é que é ser homem: assumir aquilo o que você é. E ser antes de tudo digno e verdadeiro consigo mesmo!”. Na hora, a minha reação foi de cair em pranto e chorar de felicidade, pois vi justamente mais apoio daquele que eu achei que iria reagir da pior forma. Pra mim é essa uma das cenas mais bonitas da minha vida!

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