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Conheça o projeto Hip Hop Mulher

O machismo é um problema que está longe de ser superado. Por sorte, existem mulheres que se reúnem e trabalham para um mundo mais justo em que as mulheres sejam valorizadas. É inspirador conhecer projetos como o Hip Hop Mulher que conta com a coordenadoria de Tiely Queen que conversou com o Dykerama.

O Hip Hop é um fenômeno cultural formador de opinião. Quem dele se aproxima tem a oportunidade de criar arte reivindicando direitos e denunciando a realidade de milhares de pessoas que a sociedade tenta cobrir com panos carcomidos pela mentira da igualdade de direitos.

Ora, se você nunca se aprofundou na cultura Hip Hop responda: quantas dançarinas. DJs, grafiteiras e MCs mulheres você já ouviu falar? É de se esperar que, vivendo em uma sociedade machista e patriarcal, as artistas do Hip Hop sofram a mesma invisibilidade e desvalorização que todas as mulheres da sociedade.

Há dois anos, Tiely Queen participou do Coletivo Minas da Rima que trouxe a discussão de gênero para o universo do Hip Hop com o objetivo de ajudar a criar novos papéis sociais masculinos e femininos. Em 2005, o coletivo e o Núcleo da Juventude do CEMINA (Comunicação, Educação e Informação em Gênero), com o apoio da UNIFEM (Fundo das Nações Unidas para as Mulheres), organizaram uma série de atividades para alertar a sociedade sobre a violência contra a mulher. Confira mais detalhes do projeto clicando aqui.

Embora as atividades políticas do coletivo fossem importantes para a discussão do gênero na sociedade e no movimento Hip Hop, Tiely Queen sentiu a necessidade de expandir o debate e focar também nas atividades artísticas. A busca de criar espaços de discussão sobre a participação da mulher no Hip Hop, unindo as questões políticas e artísticas, fez surgir em 2007 o Projeto Hip Hop Mulher.

No ano passado, o Hip Hop Mulher elaborou um projeto e enviou para a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. A idéia era organizar uma coletânea de mulheres cantando temas relacionados à realidade da mulher como: violência, gravidez precoce, discriminação, preconceito, aborto, família e sexualidade. A verba do Governo saiu e, não só elas puderam gravar 2.000 cópias do CD “Realidades” que contou com a participação de 14 grupos, como ajudou a criar o site Hip Hop Mulher que tem servido como meio de divulgação da produção feminina do Hip Hop.

Desde então, mulheres de todo o país que se dedicam ao Hip Hop tem procurado o Projeto. A realidade da mulher no Hip Hop tem várias facetas: umas já emplacaram na mídia; outras se envolvem na luta política; outras, ainda, tentam conquistar seus espaços dentro dos grupos masculinos. Grande parte dessas mulheres é provedora do lar, elas criam famílias e, por isso, tem dificuldade de se apresentar ao público até por falta de tempo.

A produção do CD “Realidades” impulsionou outras atividades. Nos dias 25 e 26 de julho, acontecerá em São Paulo o 1º Encontro Hip Hop Mulher que discutirá a realidade da mulher dentro do Hip Hop e na sociedade como um todo. Apenas as meninas que se inscreveram poderão participar do encontro, mas no dia 26 acontecerá o fechamento que é aberto a todos e contará com apresentações musicais. Em breve o Dykerama publicará a programação completa.

Além do encontro, as meninas estão produzindo a cartilha “Hip Hop Mulher, Conquistando Espaços” que, com apoio da UNIFEM e parcerias da ONG Ação Educativa e Edições Toró, contará com informações sobre violência, direitos reprodutivos, telefones úteis, entre outras. As cartilhas serão distribuídas em uma oficina itinerante que acontecerá no segundo semestre de 2009 e visitará 3 cidades estratégicas do Estado de São Paulo: Santos, Piracicaba e São José dos Campos.

O Projeto Hip Hop Mulher merece vida longa! Por isso não deixe de conferir o fechamento do 1º Encontro Hip Hop Mulher no dia 26 de julho às 20h e visite o site das meninas clicando aqui.

Serviço:
Fechamento do 1º Encontro Hip Hop Mulher
26/07 – Às 20h
Ong Ação Educativa
Rua General Jardim, 660 – Vila Buarque
Mais informações: 11 3151-2333

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