Foi criada hoje, pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), uma comissão especial para acompanhar o caso do sargento gay Laci Marinho de Araújo, preso na madrugada de terça-feira (03/06), em São Paulo.
O sargento acusa o Exército de discriminação e tortura, que teria sofrido durante o trajeto do hospital onde trabalhava para a carceragem do Exército. Oficialmente o Exército nega as agressões.
Paulo Vannuchi , secretário especial dos Direitos Humanos, declarou que “há um contraditório forte nos argumentos. É preciso esclarecer. A comissão é neutra. Não está formada a culpa de ninguém”.
Ontem esteve com o sargento, Marina Steinbruch, membro da Defensoria Pública da União que integra a comissão, Marina pediu ao comandante da Polícia do Exército, Ronald Rocha Fernandes, para que Laci receba o remédio para depressão que vinha tomando.
As próximas medidas dos conselheiros do CDDPH será ouvir as autoridades do Exército e agendar, para os próximos dias, uma visita ao sargento.
Prisão
O sargento Laci Araújo foi preso na madrugada de terça-feira (03/06), em São Paulo, após conceder entrevista ao programa Super Pop, da Rede TV!, declarando sofrer perseguição do Exército por manter um relacionamento com o sargento Fernando Figueiredo.
Porém, o Exército justifica a prisão por uma possível deserção de Laci, que teria se afastado do trabalho por mais de oito dias.