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Contra preconceito no futebol, torcida do Paysandu bane cantos homofóbicos nos jogos

Um dos times mais tradicionais do Pará, a torcida do Paysandu resolveu tomar uma iniciativa para acabar com a homofobia no futebol. Os torcedores, que costumavam entoar cantos insinuando que os rivais seriam “gays” (inclusive o mascote do time do Remo – seu principal rival), entre outros, se comprometeram a não mais entoá-los. “Erramos durante vários anos, propagando cantos homofóbicos disfarçados de rivalidade”, admitiu a torcida, em seu pedido de desculpas. “Em decisão tomada em uma das nossas reuniões mensais, viemos comunicar que músicas e manifestações de cunho racial/homofóbico estão extintas do nosso repertório, entre elas a famosa música que chama o mascote do rival de gay.” Recentemente, durante disputa pelo campeonato estadual entre os dois times, o Governo do Pará recomendou que os dois times usassem no uniforme frase de apoio à diversidade. Já em partida válida pela Copa do Brasil contra o Santos (time da baixada paulista), os torcedores do Paysandu estendeu sob a arquibancada uma bandeira com as cores do arco-íris, em manifestação de apoio à comunidade LGBT. Além da homofobia, os torcedores também se comprometeram em combater o racismo, outro preconceito bastante comum nesta prática esportiva. Torcedores rivais chegaram a esboçar tentativas de provocações, questionando a sexualidade dos torcedores do Paysandu, em forma de deboche. Nada, entretanto, que intimidasse os adeptos dessa prática que muito tem a ver sim com o espírito do esporte que é o da inclusão.

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