O Australian Open, um dos torneios de tênis mais prestigiados do mundo, está se preparando para um evento especial neste próximo dia 24 de janeiro, conhecido como Pride Day. No entanto, a presença inesperada de Margaret Court, uma campeã de 24 títulos de Grand Slam e uma figura controversa devido às suas declarações anti-LGBT+, levantou reações diversas entre os fãs e ativistas. Court, que é uma ministra pentecostal, tem um histórico de declarações que deslegitimam a comunidade LGBT+, chamando o casamento entre pessoas do mesmo sexo de ‘uniões alternativas, não saudáveis e antinaturais’. Essas opiniões geraram protestos significativos, como o de Martina Navratilova e John McEnroe em 2020, quando eles pediram que a arena que leva o nome de Court fosse renomeada em homenagem a Evonne Goolagong.
A controvérsia em torno de Court não diminuiu a determinação da comunidade LGBT+ de celebrar sua identidade e inclusão no esporte. Rowen D’Souza, presidente da Gay and Lesbian Tennis Alliance (GLTA), ressaltou que a presença de Court, apesar de suas opiniões, não ofusca os esforços de Tennis Australia em apoiar e acolher todos os jogadores e fãs. O evento Glam Slam, que ocorre no mesmo dia, reunirá 260 jogadores de mais de 30 países, promovendo um ambiente inclusivo, e contará com drag queens e um café da manhã do orgulho, apresentando discussões com figuras proeminentes da comunidade esportiva.
D’Souza enfatizou que, embora Court seja uma lenda do tênis, suas opiniões são consideradas irrelevantes por muitos. Ele afirmou que Tennis Australia vive seus valores de inclusão e apoio à diversidade. O evento deste ano parece refletir uma mudança significativa, onde a voz da comunidade LGBT+ ressoa mais forte do que os comentários desdenhosos de Court. Assim, o Australian Open não é apenas um torneio de tênis, mas um espaço de celebração e aceitação, onde todos são bem-vindos, independentemente das opiniões pessoais de figuras controversas como Court.
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