A psicóloga portuguesa Maria José Vilaça encontra-se no centro de uma polêmica após suas declarações e participação em um congresso sobre homossexualidade promovido por uma congregação católica em Fátima, nos dias 13 e 14 de abril de 2024. Conhecida por suas posições controversas, Vilaça foi alvo de um abaixo-assinado que reuniu aproximadamente 1.600 assinaturas, exigindo uma reavaliação de suas práticas e abordagens profissionais.
Maria José Vilaça, aos 64 anos, é uma figura conhecida no meio psicológico por suas opiniões que muitos consideram ultrapassadas e prejudiciais. A psicóloga defende abordagens que são amplamente criticadas e rejeitadas pela comunidade científica e pelos defensores dos direitos LGBTI+. A polêmica ganhou força após seu envolvimento direto em eventos e seminários que promovem a ideia da homossexualidade como algo que necessita de “cura”.
A Ordem dos Psicólogos já manifestou preocupação com as práticas de Vilaça e investiga as acusações e o impacto de suas declarações no bem-estar dos pacientes. Este caso levanta questões significativas sobre a ética profissional e os limites da intervenção psicológica, sobretudo quando tais práticas podem influenciar negativamente a vida de indivíduos LGBTI+.
Além do abaixo-assinado, ex-pacientes e membros da comunidade LGBTI+ relatam suas experiências negativas e o impacto das sessões de terapia conduzidas por Vilaça. Esses relatos contribuem para o debate em torno da necessidade de uma prática psicológica mais inclusiva e atualizada com os avanços científicos e os direitos humanos.
Este caso não apenas reacende a discussão sobre os direitos LGBTI+ em Portugal, mas também desafia a comunidade psicológica a refletir sobre suas práticas e a urgência em promover um ambiente de aceitação e apoio, livre de preconceitos e métodos controversos. A situação de Maria José Vilaça ainda está em aberto, e as repercussões de suas ações e posicionamentos continuam a ser um ponto de intensa discussão e análise no país.