Recentemente, o apresentador da GB News, Josh Howie, gerou uma onda de indignação ao comparar pessoas LGBTQ+ a pedófilos durante uma transmissão do programa Headliners. O segmento, que ocorreu no mês passado, analisou as manchetes do dia e incluiu uma citação da bispa Episcopalian Mariann Budde, que pediu a Donald Trump que “mostrasse misericórdia” às pessoas queer. Ao referir-se a uma declaração da igreja que apoiava a “inclusão total de pessoas LGBTQ+”, Howie fez a infeliz afirmação de que isso incluía “paedos” (pedófilos), levando a mais de 53.000 reclamações ao regulador de comunicação do Reino Unido, Ofcom.
A organização Good Law Project, que defende os direitos humanos e a igualdade, chamou as declarações de Howie de “perigosas” e “homofóbicas”, afirmando que a GB News tem um histórico de disseminação de ódio e mentiras tóxicas. A porta-voz da organização expressou que a emissora “se orgulha disso e finge que as regras não importam”.
A situação se agravou quando, apenas dois dias após os comentários de Howie, a colega apresentadora Michelle Dewberry fez observações depreciativas sobre pessoas LGBTQ+, referindo-se a elas como “deviantes”. A advogada trans Robin Moira White relatou que tentou levantar preocupações sobre os comentários, mas foi ignorada pela emissora.
Após a repercussão negativa, Howie tentou se defender, alegando que sua intenção era humorística e que ele é um defensor dos direitos LGB. Ele afirmou que sua comparação foi mal interpretada, ressaltando a necessidade de separar os grupos LGB e Q+ dentro do movimento LGBTQ+. Embora tenha pedido desculpas a quem sentiu que suas palavras eram ofensivas, suas explicações não conseguiram apaziguar os ânimos, demonstrando a sensibilidade e a importância de abordar questões relacionadas à comunidade LGBTQ+ com respeito e responsabilidade.
Esse incidente destaca a luta contínua contra a homofobia e a desinformação que ainda permeiam os meios de comunicação, enfatizando a necessidade de maior responsabilidade por parte das plataformas de mídia na representação de comunidades marginalizadas. A situação é um lembrete do impacto que as palavras podem ter e da importância de promover um discurso que respeite e valorize todas as identidades dentro do espectro LGBTQ+.
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