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“Controvérsias e Críticas: O Que o Novo Filme ‘Mary’ da Netflix Revela Sobre a Representação da Virgem Maria e a Narrativa Bíblica”

O novo filme da Netflix, “Mary”, que estreou no dia 6 de dezembro, promete contar a história da Virgem Maria desde a infância até o nascimento de Jesus Cristo. A produção, dirigida por D.J. Caruso, é descrita como uma épica bíblica, mas não sem controvérsias. Com uma classificação de apenas 30% no Rotten Tomatoes, a recepção crítica tem sido amplamente negativa, levantando preocupações sobre a precisão das representações bíblicas.

Críticos, incluindo Joseph Pronechen, do National Catholic Register, expressaram desgosto pela forma como o filme se desvia da narrativa tradicional. Ele observa que, embora aprecie mais filmes que explorem histórias de crescimento espiritual, “Mary” ignora muitos aspectos fundamentais da tradição católica, como a crença de que Maria não sofreu dores no parto, uma concepção que desafia os ensinamentos da Igreja.

Os especialistas também criticaram a representação do arcanjo Gabriel, que, segundo eles, falha em transmitir a majestade e a força de Deus, optando por uma estética sombria e perturbadora. Meredith Warren, da Universidade de Sheffield, aponta que o filme perpetua estereótipos negativos sobre a lei judaica, retratando-a como cruel e violenta. Essa abordagem levanta questões sobre a representação de personagens judaicos e a narrativa de exclusão e violência.

Por outro lado, a atuação de Noa Cohen como Maria e Anthony Hopkins como o Rei Herodes foi elogiada, destacando a autenticidade e a profundidade emocional em suas performances. Burks, associado ao Emmaus Institute, aplaudiu a inclusão de cenas sombrias, como a massacre de meninos, que muitas adaptações ignoram.

“Mary” está disponível exclusivamente na Netflix, e os assinantes podem escolher entre três planos: o Standard com anúncios por R$ 6,99, o Standard por R$ 15,49 e o Premium por R$ 22,99. Infelizmente, a Netflix não oferece períodos de teste gratuitos, o que pode limitar o acesso a espectadores interessados na narrativa controversa dessa figura central da fé cristã.

Com todas essas nuances, “Mary” não é apenas um filme, mas uma discussão sobre como histórias sagradas são representadas e percebidas na cultura contemporânea, especialmente em uma época de crescente interesse por narrativas inclusivas e representativas. Para a comunidade LGBT, o filme pode suscitar reflexões sobre a representação de personagens e a maneira como a história pode refletir ou desafiar realidades atuais e passadas.

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