No dia 24 de fevereiro de 2025, a cidade espanhola de A Coruña homenageou dois migrantes senegaleses, Ibrahima Diack e Magatte N’Diaye, por sua coragem ao tentarem salvar Samuel Luiz, um homem gay, que foi brutalmente atacado e morto em julho de 2021. Samuel, um assistente de enfermagem de 24 anos, foi agredido após ser acusado erroneamente de filmar um grupo de homens fora de uma boate. O ataque, que envolveu 12 agressores, deixou Samuel com ferimentos graves que resultaram em sua morte no hospital.
Ibrahima e Magatte foram os únicos a intervir durante a agressão, tentando proteger Luiz e afastar o agressor inicial, enquanto muitos outros apenas assistiam ou filmavam a cena. A morte de Samuel Luiz provocou uma onda de protestos em toda a Espanha, exigindo justiça e uma reflexão profunda sobre a violência homofóbica no país.
Durante a cerimônia, o prefeito Inés Rey declarou que os dois migrantes demonstraram um altruísmo puro, destacando que foram eles os únicos a arriscar suas vidas para ajudar Luiz. Cada um recebeu um reconhecimento oficial como ‘filhos adotivos da cidade’. A conselheira Rosalía López também elogiou a bravura dos homens, lembrando que eles arriscaram tudo, mesmo enfrentando suas próprias vulnerabilidades como imigrantes sem documentação.
Diack compartilhou sua perspectiva sobre os valores que lhe foram ensinados desde a infância, enfatizando a importância do respeito e da educação. Além disso, os dois também atuaram como testemunhas cruciais no julgamento dos assassinos de Samuel, que resultou na condenação de quatro dos 12 envolvidos no ataque. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, condenou o crime, classificando-o como um ato implacável e reafirmou o compromisso da Espanha com os direitos e liberdades de todos, sem retroceder na luta contra a homofobia.
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