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Corrida à Prefeitura de SP

No último sábado (6), na sede do grupo CORSA (Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade e Amor), com o apoio da APOGLBT-SP (Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo), foi realizado um debate entre os principais candidatos à prefeitura de São Paulo abordando as plataformas LGBT de cada plano de governo. Soninha Francine (PPS) e Carlos Giannazi (PSOL/PSTU – vice de Ivan Valente) compareceram pessoalmente ao evento. Marta Suplicy, Gilberto Kassab e Geraldo Alckmin mandaram representantes. O comitê de Paulo Maluf (PP) não respondeu ao convite.

O ex-vereador e ex-deputado estadual Carlos Giannazi destacou a sua luta juntamente com Ivan Valente pelo fim da homofobia, citando o Projeto de Lei Municipal 440/01, de sua co-autoria em parceria com Ítalo Cardoso e Soninha (PPS).

A fala seguinte, de André Pomba, que representou Geraldo Alckmin (PSDB, PTB, PHS, PSDC e PSL), propôs a ampliação da Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual (Cads), apoio à criação da “Rua Gay”, orçamento próprio para parada gay e projetos de capacitação de funcionários públicos.

Gui Tronolone, coordenador do núcleo LGBT do PSDB, falou em nome de Gilberto Kassab (DEM, PMDB, PR, PV, PSC e PRP). Além da continuidade aos projetos vigentes, Gui enfatizou que o atual prefeito apoiará eventos culturais, criará o Centro de Referência da Diversidade, designará defensores públicos para os casos de homofobia, capacitará a Guarda Civil Metropolitana, entre outras iniciativas.

O coordenador do núcleo LGBT do PT, Julian Rodrigues, seguiu o debate representando a coligação de Marta Suplicy, denominando-a como a “Prefeita da Diversidade”, enfatizou a participação da ex-prefeita nas ações LGBTT desde quando era apresentadora da TV Mulher. Reconheceu que a grande falha de sua gestão foi a não criação da Cads, porém fez críticas à atual coordenadoria “Precisamos de uma Cads menos mercado e mais Estado”.

Soninha Francine (PPS) foi a última a expor seus projetos. Falou sobre sua política de redução de distâncias, repovoamento do centro da cidade, investimento na autonomia das escolas, de ações educativas permanentes voltadas ao público LGBTT inicialmente e, depois sua ampliação, capacitação dos funcionários públicos e parcerias entre a prefeitura e entidades sociais foram os temas abordados.

Foram abertas duas sessões de perguntas do público presente. O destino do “Autorama” (parte do estacionamento do Parque Ibirapuera freqüentado tradicionalmente pelo público gay) e aprovação do PL 440/01, foram os temas que geraram maior discussão entre os candidatos.

O debate durou cerca de duas horas, contou com cerca de 50 pessoas na platéia, entre elas, os candidatos a vereador Salete Campari (PDT), Ítalo Cardoso (PT) e Marcos Fernandes (PSDB).

* Colaboraram Leandro Rodrigues e Nathália Aoki.

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