O tribunal de apelação de Versalles, próximo de Paris, negou o recurso apresentado por uma transexual francesa que pleiteava o direito de contrair matrimônio com uma travesti argentina, confirmando-se assim a primeira instância, julgada há um mês. Segundo a corte francesa, a intenção matrimonial expressada por Camille Barré, 46, transexual francesa, que adquiriu aparência feminina numa operação em 1999, não se adapta à instituição no estado de direito. No dia 11/4, os dois apresentaram pedido de casamento em uma instância próxima a Paris, argumentando que possuem sexos diferentes. Legalmente, Camille Barre, 46, é mulher e Benito Martin Leon, 38, um homem. Mas, o pedido não foi aceito. Para a justiça, Camille ainda é homem em sua essência, já que segundo seus cromossomos, Camille continua sendo homem; o que não lhe permitiria casar com outro homem, segunda as leis do país. Na França, onde o matrimônio entre homossexuais é ilegal, os casais do mesmo sexo podem assinar o chamado Pacto Civil de Solidariedade (Pacs), uma espécie de estatuto de casal de direito, que segundo os defensores da causa gay reconhece 50% dos direitos implícitos em um contrato matrimonial.
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