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Covardia! Após sair de boate gay estudante é perseguido e espancado por quatro homens

Jonathan foi vítima de homofobia depois de sair de uma boate em Campo Grande

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O estudante de publicidade de 21 anos foi agredido com socos e pontapés na madrugada de domingo, após deixar a boate Fênix, em Campo Grande, na Zona Oeste.

Por conta das agressões, Jonathan Alves sofreu fratura no nariz e precisou ser medicado no Hospital Oeste D’Or. Ele foi vítima de homofobia, sendo agredido por quatro homens depois de ser retirado à força de dentro de uma van que o levava, e a um amigo, para casa.

Ele e o amigo deixaram a boate a foram lanchar. Depois, entraram na van em direção às suas casas. No caminho, os agressores entraram e iniciaram as provocações xingando-os de “viadinhos”, “menininhas”. O grupo tentou roubar o lanche que a dupla tinha comprado. O motorista e o cobrador tentaram, verbalmente, acabar com as provocações, sem sucesso.

Quando estavam descendo da van, um deles puxou a gola da camisa de Jonathan, levando-o para fora do veículo. O amigo escapou porque, segundo a vítima, estava mais distante dos agressores. O motorista e o cobrador acabaram com a briga. Os agressores fugiram. Em seguida, o motorista da van tentou pedir ajuda a policiais militares que estava num carro da PM próximos. Mas, segundo Jonathan, ele foi ignorado e debochado pelos policiais.

O caso foi registrado na 35ª DP (Campo Grande). Na segunda-feira, Jonathan descobriu o perfil de um dos agressores do Facebook. Ele tem o apelido de Gasparzinho.

Até a tarde desta terça-feira, a Polícia Civil e a Polícia Militar não se manifestaram sobre o caso. Procurado, o Rio Sem Homofobia, ligado à Secretaria estadual de Direitos Humanos, também não comentou a agressão. A assessoria de imprensa informou apenas que o órgão iria entrar em contato com Jonathan para prestar solidariedade e oferecer ajuda.

Em sua página no Facebook, Jonathan comentou sobre o episódio e tem recebido apoio de diversos amigos.

“Sempre compartilhava esse tipo de notícia com uma revolta enorme no coração. Nunca imaginei que um dia seria eu a notícia, a estatística. O que dói em mim não é o corpo, o nariz, é lá dentro do fundo do peito por saber que não fui o primeiro e nem serei o último, que isso ainda pode se repetir outras vezes comigo ou com próximos. O que dói em mim é lembrar de todos os momentos que alguém se sentiu no direito de tentar me deixar pra baixo, de dizer como devo ser, me lembrar de todos os xingamentos que já ouvi desde a infância, o bullying que sofri na 8ª série, quando eu ficava depressivo querendo suicídio por me sentir condenado por um livro, por quando fui obrigado a morar sozinho repentinamente por ter minha privacidade invadida e minha sexualidade diminuída (…) e não vou me calar diante de nenhum idiota que se sente no direito de invadir meus direitos. Espero um dia viver numa sociedade onde pessoas não morram por ser quem são. Espero nunca mais ter que compartilhar esse tipo de notícia.”, diz um trecho de um dos posts.

 

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