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Crimes homofóbicos aumentam na Alemanha

Pesquisa realizada pelo grupo berlinense LGBT Maneo, aponta o crescimento de crimes de intolerância contra a população gay alemã.  Bastian Finke, diretor do grupo, divulgou essa semana a pesquisa. A mesma foi realizada por telefone, pois a sede da associação possui uma linha destinada a denuncia por conta de discriminação por orientação sexual.

A Maneo informou que 40,6% (17.500) dos homens que participaram da pesquisa disseram ter sofrido discriminação por serem gays. Nessa porcentagem inclui-se todo os tipos de crimes homofóbicos: agressão verbal, física e até arremessos de objetos ou dejetos em pessoas. O grupo também diz que, comparado com o ano de 2006, tal crime aumentou 35,5%.  Na cidade de Berlim, considerada uma das mais liberais para os homens gays no mundo, o percentual de homens discriminados sobe para 43%, e na comparação com 2006 o aumento de crimes de ódio sobe para 39%.

Alexander Zinn, presidente da Associação de Gays e Lésbicas de Berlim/Branderburgo, diz que tal pesquisa deve ser vista com cautela. Aponta que as pessoas que responderam em 2006, não são as mesmas de 2007 e vice-versa mas, também não nega que há um problema e que sim "este é um problema muito grande". Zinn também afirma que a violência tem crescido especialmente entre os adolescentes e diz que um dos fatores é que, boa parte dos jovens hoje são exilados de países muçulmanos, onde a homossexualidade é tabu.

A respeito de tal tema, a Associação de Gays e Lésbicas da Alemanha fez uma pesquisa em parceria com o governo federal e esta mostrou que há níveis mais elevados de homofobia entre os jovens turcos. Na pesquisa ficou registrado, durante as entrevistas, que dois terços dos estudantes descendentes de turcos colegiais em Berlim tem opiniões homofóbicas sobre gays e lésbicas.

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