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Culpar pessoas LGBTQIA+ pelo retrocesso é nova estratégia de ódio

Rejeição à comunidade queer usa velhos preconceitos para frear avanços e silenciar vozes
Culpar pessoas LGBTQIA+ pelo retrocesso é nova estratégia de ódio

Rejeição à comunidade queer usa velhos preconceitos para frear avanços e silenciar vozes

O preconceito contra pessoas LGBTQIA+ ressurge em novas formas e estratégias, reaproveitando argumentos antigos para justificar ataques e retrocessos. Como explicou Fabrice Houdart, diretor executivo da Associação de Diretores Corporativos LGBTQ+, o ódio a grupos diversos — seja antissemita ou homofóbico — é um fenômeno histórico que se adapta, mas nunca desaparece.

Preconceito disfarçado e silêncio imposto

Fabrice relembra sua infância na França dos anos 1990, marcada por um antissemitismo silencioso, sutil e insidioso, revelado em comentários velados e exclusões sutis. A comunidade judaica, mesmo diante dessas dificuldades, cultivava laços fortes para sobreviver, mas acabava sendo acusada de se isolar voluntariamente. Essa narrativa de culpa e exclusão foi reutilizada contra a população LGBTQIA+, que hoje enfrenta acusações de tentar impor uma “agenda” e influenciar crianças.

Esse discurso ganhou força em declarações públicas recentes, como a da deputada americana Nancy Mace, que minimiza a presença LGBTQIA+ na educação infantil, preferindo um ensino básico e excludente. Essa retórica ignora o esforço legítimo de educadores para incluir a diversidade e prevenir sofrimentos desnecessários entre jovens LGBTQIA+. Não se trata de uma propaganda maliciosa, mas de reconhecimento e visibilidade que salvam vidas.

Visibilidade e luta por direitos: um caminho ainda desafiador

O movimento LGBTQIA+ busca direitos básicos, como a descriminalização das relações homoafetivas em dezenas de países, coleta de dados para políticas públicas inclusivas e ambientes seguros contra discriminação. Porém, cada avanço é recebido com resistência e tentativas de invisibilização, sob o pretexto de combater uma suposta “ideologia”.

O autor destaca a falsa narrativa de que a comunidade LGBTQIA+ seria responsável por sua própria rejeição, como se os direitos conquistados fossem excessivos. Essa pressão para silenciar e reduzir a luta à “privacidade” serve para manter o status quo e perpetuar o preconceito sob uma nova roupagem.

Resistência e orgulho como ferramentas de transformação

Em meio a ataques e tentativas de dividir a comunidade entre os “bons gays” que se mantêm discretos e os que reivindicam visibilidade, a mensagem é clara: a luta por dignidade não pode ser silenciada. O orgulho, a presença nas escolas, o acesso ao trabalho e o combate ao ódio são direitos essenciais, não privilégios.

O momento exige resistência contra discursos que buscam recuar conquistas e fazer da aceitação uma condição de invisibilidade. A história mostra que o ódio se reinventa, mas a comunidade LGBTQIA+ segue firme na busca por justiça e respeito.

Não podemos internalizar o discurso daqueles que querem apagar nossa existência. Nossa visibilidade não é ameaça, e nossa luta é profundamente justa. O caminho ainda é longo, mas a coragem e a voz da comunidade queer continuarão a pavimentar avanços, inspirando gerações e transformando realidades.

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