O Colégio Santa Cruz, uma das instituições mais tradicionais de São Paulo, se viu no centro de uma polêmica grave relacionada ao cyberbullying. No final de janeiro, 34 alunos foram suspensos por formarem um grupo homofóbico, racista e misógino, cuja finalidade era intimidar e assediar colegas. No dia 10 de fevereiro de 2025, a escola anunciou a expulsão de quatro estudantes do ensino médio, considerados os “mais ativos” nesse grupo. Essa decisão foi tomada após denúncias que levaram a uma investigação interna.
Além da expulsão, o Colégio Santa Cruz está implementando um programa de conscientização sobre a violência nas relações, buscando abordar a questão do bullying de forma mais ampla. A diretora do Colégio Magno/Mágico de Oz, Cláudia Tricate, enfatizou a importância de ensinar valores de respeito e inclusão, ressaltando que a expulsão deve ser o último recurso, mas muitas vezes é necessária para preservar o bem-estar dos alunos.
O bullying, especialmente entre jovens, é um problema alarmante no Brasil. De acordo com uma pesquisa do DataSenado, cerca de sete milhões de estudantes já sofreram algum tipo de intimidação nas escolas. Apesar da recente lei que criminaliza o bullying e o cyberbullying, com penas que variam de dois a quatro anos de reclusão, os incidentes continuam a ocorrer.
O grupo de WhatsApp criado para o bullying no Colégio Santa Cruz contava com 200 integrantes, onde os veteranos adicionavam calouros com o intuito de amedrontá-los, incluindo ameaças de morte e violência sexual. A escola lamenta profundamente que tais comportamentos tenham se manifestado entre seus alunos e está comprometida em reverter esse cenário, promovendo uma cultura de respeito e empatia nas relações interpessoais. Essa situação ressalta a necessidade urgente de discutir a diversidade e a inclusão nas instituições de ensino, especialmente em um ambiente em que a violência e a discriminação ainda são questões prevalentes.
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