Cynthia Erivo, a renomada atriz e cantora, foi homenageada recentemente nos 36th GLAAD Media Awards, realizados em Los Angeles, onde recebeu o prestigioso prêmio Stephen F. Kolzak. Este prêmio é concedido a um membro da comunidade LGBTQ+ que se destaca por sua atuação na luta contra a homofobia e pela promoção da igualdade. Erivo, que se identifica como bissexual, usou seu discurso no palco para incentivar a autenticidade e a aceitação das identidades não binárias. Ela enfatizou que os pronomes não binários, como ‘they/them’ (elu/delu), têm uma longa história e são uma parte intrínseca da diversidade humana.
Durante seu discurso, Erivo destacou a importância de viver a nossa verdade, mesmo diante de desafios significativos. “Falei sobre ser a nossa versão completa e verdadeira”, disse ela. “Existem recompensas em ser quem você é, apesar das dificuldades, e é vital criar um espaço seguro para aqueles que buscam coragem para viver como desejam.”
As identidades não binárias, longe de serem uma moda recente, têm raízes profundas em várias culturas ao redor do mundo. Por exemplo, entre os zapotecas de Oaxaca, no México, existem os Muxes, que reconhecem a existência de gêneros além do masculino e feminino. Essas identidades têm um papel social significativo e são respeitadas em suas comunidades, desafiando a noção de que a diversidade de gênero é uma invenção moderna.
Além disso, estudos recentes, como os realizados por Jules Gill-Peterson, revelaram que a presença de jovens trans nos Estados Unidos remonta ao início do século XX, com registros que evidenciam a vivência de pessoas que se identificavam com seu gênero verdadeiro, mesmo antes da linguagem contemporânea para descrever suas experiências.
O discurso de Erivo, juntamente com esses exemplos históricos e culturais, reforça que as identidades trans e não binárias são parte fundamental da história da humanidade. É hora de celebrar e abraçar essa diversidade em toda a sua plenitude, reconhecendo as lutas do passado e construindo um futuro onde todos possam ser verdadeiramente livres para viver suas identidades.
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